Banco Central das Bahamas está se preparando para introduzir uma moeda digital

As Bahamas se juntaram à pequena lista de países que estão planejando experimentar moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBCD).

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O vice-primeiro-ministro do país, que também atua como ministro das finanças, K. Peter Turnquest, anunciou durante a conferência “The Bahamas Blockchain and Cryptocurrency Conference” que o piloto de uma moeda digital será introduzido pelo Banco Central das Bahamas.

Tendo em vista que as Bahamas são constituídas por mais de 700 ilhas e ilhotas, Turnquest afirmou que a moeda digital auxiliaria no fornecimento de serviços bancários àqueles que não possuem. Esta ação está ocorrendo após os bancos do país diminuírem suas áreas de atuação, deixando algumas comunidades sem serviços bancários.

Uma necessidade

Com uma moeda digital emitida pelo banco central, a necessidade de viajar longas distâncias para obter acesso a estes serviços seria reduzida, tornando a vida mais conveniente em um país onde o transporte é problemático e caro, segundo Turnquest. O vice-primeiro-ministro também ressaltou que uma moeda digital melhoraria a facilidade com a qual negócios são feitos no país.

“A digitalização dos nossos serviços financeiros e governamentais complementa a facilidade de realizar negócios no país, bem como nossa estrutura digital,” assertou Turnquest.

Na América do Norte, as Bahamas se uniram ao Canadá na exploração de CBDC. Esta decisão também segue a publicação de uma ata de discussão ocorrida no fim do ano passado pelo Banco do Canadá, banco central do país. O documento, cujos autores são Walter Engert e Ben Fung, focou no impacto que uma moeda digital emitida pelo Banco do Canadá teria na estabilidade financeira, no sistema bancário e na política monetária, além de outras áreas.

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Queda no uso de dinheiro vivo é um motivador

Outros países cujos bancos centrais estão considerando a ideia de CBDCs incluem Noruega e Suécia. No mês passado, o Norges, banco central da Noruega, publicou um documento de trabalho que discutia em profundidade sobre uma moeda digital emitida por um banco central. Segundo o documento, a moeda digital teria um duplo propósito, servindo como moeda legal e dinheiro suplementar. Segundo Oystein Olsen, diretor do Norges Bank, parte da razão em se considerar uma CBDC está vinculada ao declínio do uso de dinheiro.

A queda no uso de dinheiro foi citada também como motivação para o banco central da Suécia, Riksbank, emitir uma CBDC. Segundo o diretor do Riksbank, Stefan Ingves, a CBDC (que se chamará e-krona) está a 3 ou 4 anos de ser materializada.

Pesquisas também foram conduzidas pelo Banco da Inglaterra, com o intuito de determinar os riscos e benefícios que viriam após a emissão de uma CBDC. Embora de forma não exaustiva, um documento da equipe do banco inglês chegou à conclusão que, apesar de um dos medos em torno da implementação de CBDC ser uma contração nos ganhos, uma moeda como essa não teria um impacto adverso na liquidez total da economia, mesmo na área de crédito privado.

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Fonte: CCN