Banco Central do Brasil planeja plataforma baseada em blockchain para troca de informações entre autoridades financeiras
O Brasil pode em breve ter uma plataforma em blockchain para garantir a autenticidade das informações trocadas por autoridades financeiras.
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O Banco Central do Brasil (BCB) anunciou na terça-feira que está construindo uma plataforma para viabilizar o compartilhamento seguro de dados entre ele e outros órgãos financeiros do país, como a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC).
Na publicação, o Banco Central elogia a tecnologia blockchain por sua habilidade de fornecer uma rede de informações horizontal, bem como uma armazenagem de dados imutável.
A plataforma, chamada “Pier”, será utilizada para trocas de dados associados com o processo de autorização das instituições financeiras, incluindo processos punitivos, performances administrativas e gerenciamento de entidades corporativas reguladas pelo BCB.
Ao integrar tecnologia blockchain, a Pier visa eliminar a natureza hierárquica dos modelos de negócio tradicionais, além de auxiliar reguladores a pularem etapas burocráticas do processo de comunicação com entidades centralizadas. Ademais, ela ajudará a prevenir que terceiros adulterem os dados, tendo em vista que a plataforma armazena cada requisição de dados utilizando assinaturas criptográficas, afirma a publicação.
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Apesar de ter comparado bitcoin com esquemas de pirâmide, o Banco Central do Brasil experimentou de forma entusiasmada o blockchain no ano passado.
O BCB disse ao site CoinDesk em novembro do ano passado que estava retomando os trabalhos com a última versão da plataforma de registros distribuídos da R3, Corda, tendo interrompido o desenvolvimento pois a versão anterior da plataforma era considerada “imatura”.
Embora ainda não esteja certo, em vista das informações fornecidas, em qual blockchain a Pier se baseia, o BCB afirmou em novembro que está desenvolvendo proof of concept em quatro plataformas – ethereum, Quorum da JPMorgan e Fabric da Hyperledger, além da Corda.
A Pier teve seu desenvolvimento iniciado com auxílio do Departamento de Informática da Universidade Federal do Maranhão, em agosto de 2017. Ela está sendo testada atualmente na instituição, para que problemas técnicos sejam detectados antes do lançamento, planejado para o fim deste ano.
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Fonte: CoinDesk