Banco da Rússia rejeita serviços financeiros em criptomoedas

Segundo a autarquia, os ativos descentralizados oferecem riscos muito altos aos investidores.

Conhecido por não ser exatamente flexível com relação a criptomoedas, o Banco Central da Rússia (CBR) rejeitou uma solicitação do setor financeiro para fornecer serviços baseados em ativos digitais.

O anúncio oficial do banco central, a pauta não corresponde ao interesse geral e oferece grandes riscos aos investidores:

“De acordo com o Banco da Rússia, a provisão de serviços relacionados a criptomoedas e seus derivativos não correspondem aos interesses dos investidores no mercado financeiro, além de apresentar grande risco.”

Além disso, o anúncio mostrou que a instituição não está interessada na proposta da indústria de expandir a emissão de instrumentos econômicos em moedas fiduciárias estrangeiras.

Na dúvida, não faça nada

O banco central russo tem feito o possível para manter uma posição conservadora: o rublo, moeda oficial do país, continua sendo a única moeda de curso legal. Para tanto, continua a embargar a livre circulação de criptomoedas, bem como sua utilização como meio de pagamento.

Para tanto, o banco central define as criptomoedas como “substitutos de dinheiro”, categorizados como ilegais em território russo.

Contudo, as criptomoedas são parcialmente regulamentadas no país por meio da lei “On Digital Financial Assets” (Sobre Ativos Financeiros Digitais, em tradução livre). De acordo com pesquisa realizada pelo banco central, criptomoedas compõem metade do portfólio de investidores russos não qualificados.

O Banco da Rússia, em meados deste ano, sugeriu que investidores evitassem operar criptoativos, pois eles representam um risco maior que o normal de perdas financeiras aos que não possuem conhecimento.

O governo russo pretende lançar a versão digital do rublo em janeiro de 2022. O período de testes da criptomoeda estatal deve chegar ao fim em dezembro.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.