Empresa por trás do BAYC sofre processo coletivo
Investidores alegam que a Yuga Labs apontou grandes chances de ganhos por meio de seus conteúdos digitais.
BAYC na mira de investidores
De acordo com documento publicado pelo escritório de advocacia Scott+Scott, investidores propuseram uma ação coletiva contra a Yuga Labs, criadora da famosa coletânea NFT Bored Ape Yacht Club (BAYC).
O texto aponta que a Yuga Labs criou promoções e convidou celebridades para “inflacionar o preço” dos NFTs BAYC, bem como de seu token ApeCoin (APE).
Além disso, a empresa teria realizado projeções bastante otimistas para o futuro de seus produtos digitais, o que chamou bastante atenção de “investidores desavisados”.
Pirâmide?
A proposta alega que o crescimento do projeto era intimamente ligado à sua promoção contínua; com a redução de investidores, tudo entraria em colapso.
Com o tempo, investidores perderam até 87% do valor aplicado em tokens financeiros e NFTs BAYC. A coletânea atingiu seu ápice no dia 28 de abril deste ano.
Graças à desvalorização, vários investidores decidiram abrir processo coletivo contra a empresa. É possível juntar-se à ação coletiva por meio do preenchimento do formulário presente no site do escritório.
O objetivo do processo é solicitar a restituição dos valores perdidos entre abril e junho de 2022.
Polêmica
O usuário Kevin Wu (@kevwuzy) tweetou que o processo é “extremamente ridículo” e cobrou que os investidores “assumem a responsabilidade por suas próprias ações”.
Além disso, a Yuga Labs não criou o token APE; a ApeCoin DAO criou o token e, com o tempo, a empresa passou a adotá-lo para outras finalidades.
Os advogados terão de provar que a empresa por trás do BAYC teria promovido um esquema de “pump and dump”.
O autor: Rafael Motta
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.