Bill Clinton fala sobre blockchain durante conferência

Há quase 10 anos, o desenvolvedor sob o pseudônimo Satoshi Nakamoto publicou o white paper referente a um novo tipo de tecnologia, com o intuito de mudar o sistema financeiro global: “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System.”

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Não há sinal mais claro de que a revolução proposta por Nakamoto teve início do que o fato ocorrido ontem. Um ex-presidente dos Estados Unidos apareceu em uma conferência da indústria das criptomoedas, patrocinada pela empresa por trás de uma altcoin que tem um quinto do tamanho do Bitcoin.

Estamos falando de Bill Clinton, a altcoin é a XRP, e a conferência foi a Swell by Ripple — realizada esta semana em São Francisco.

Tido como principal palestrante da conferência, Clinton participou de uma sessão de perguntas e respostas com Gene Sperling, seu conselheiro econômico durante o período de 1996 até 2001. Diferente de outras sessões, as palavras de Clinton não foram gravadas. Entretanto, um telefone celular gravou uma discussão que focou nos dois mandatos de Clinton e, ocasionalmente, acabou em blockchain.

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Falando sobre a referida tecnologia em suas últimas palavras, Clinton — que serviu como chefe executivo dos Estados Unidos durante a transição da internet de tecnologia arrojada para algo comercialmente mainstream — afirmou que a tecnologia de registros distribuídos (DLT) tem diversas possibilidades, uma vez que ela não depende de fronteiras nacionais. Contudo, ele alertou que as políticas divisíveis no sentido socioeconômico podem arruiná-la. Ele afirmou:

“Toda essa questão do blockchain tem este potencial porque ela é aplicável além das fronteiras nacionais e grupos. As permutações e possibilidades são grandiosas. Nós podemos arruinar isso tudo com políticas negativas de identidade, além de políticas econômicas e sociais. Pensem nisso.”

Clinton também sugeriu que a indústria da blockchain e criptomoedas não deve se animar demais, alertando que uma movimentação muito rápida pode potencializar as diferenças sociais e financeiras entre pessoas imersas em mercados em desenvolvimento e emergentes.

“Quanto mais benefícios se materializam, mais você deve tomar cuidado,” ele afirmou, segundo um relatório do The Street, acrescentando que os primeiros a adotarem devem evitar ficarem felizes demais com as recompensas financeiras imediatas associadas com essa classe de ativo.

Ele prosseguiu:

“Você não quer consumidores fraudados, você não quer empresas cometendo crimes financeiros, e você certamente não quer facilitar os ataques terroristas. Esses são os desafios de toda nova tecnologia.”

Fonte: CCN