O tratamento da Reuters sobre o caso tem influenciado a performance da empresa.

Binance em apuros

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) está investigando se a Binance, maior exchange do mundo, quebrou regras legais relacionadas ao lançamento da Binance Coin (BNB). As informações são da Bloomberg.

Segundo dados do CoinMarketCap, o token BNB é o quinto maior do mundo em termos de volume de mercado, com US$ 45 bilhões em circulação.

Histórico

A BNB lançou sua ICO em julho de 2017. O período refere-se ao momento em que as ICOs estavam em franco crescimento, o que ajudou a alcançar uma excelente performante no lançamento.

• Veja também: BNB, token da Binance, passa por investigação na SEC
  

De acordo com a SEC, um residente dos EUA participou da ICO, motivo suficiente para abrir uma investigação contra a exchange. O governo entende que as criptomoedas atuam como títulos e, como tal, devem ser devidamente regulamentados para serem negociados.

Em 2020, Changpeng Zhao (“CZ”), CEO da exchange, disse ter feito uma mudança no whitepaper do token BNB, pois acreditava que as chances de a criptomoeda ser interpretada erradamente como um título seria maior em certas regiões.

Reuters no meio

Ontem (6), a Reuters publicou uma extensa matéria polêmica a respeito da corretora: “Como a gigante cripto Binance virou um hub para hackers, golpistas e traficantes de drogas”. A agência de notícias alega que a empresa teria processado pelo menos US$ 2,35 bilhões em transações criminosas.

À Forbes, um porta-voz da Binance afirma que que o relatório publicado pela Reuters é um “op-ed lamentavelmente mal informado que usa informações desatualizadas de 2019 e atestados pessoais não verificados”.

O autor: Rafael Motta

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.