Bitcoin a US$ 2,2 milhões? Enquanto maximalistas sonham, especialistas apontam para as altcoins

Max Keiser dispara previsão ousada após tweet de Elon Musk, mas analistas veem mais potencial nos ativos alternativos
O Bitcoin voltou ao centro das atenções com uma previsão ousada: US$ 2.200.000 por unidade. A estimativa foi feita por Max Keiser, conhecido defensor da criptomoeda e conselheiro do presidente de El Salvador, Nayib Bukele. A provocação surgiu em resposta a um comentário de Elon Musk sobre o novo pacote de gastos do Congresso dos EUA, que pode elevar o déficit orçamentário para US$ 2,5 trilhões.
Para Keiser, esse cenário de deterioração fiscal global, com destaque para o Japão e sua dívida pública descontrolada, configura o início de um “bondapocalypse” — um colapso nos mercados de títulos — e reforça a tese de que “tudo vai a zero frente ao Bitcoin”.
Mas nem todos compartilham da mesma euforia.
Cautela com o Bitcoin e atenção às altcoins
Enquanto figuras como Keiser continuam ultrabullish, outros analistas experientes estão adotando uma postura mais pragmática. O trader conhecido como Crypto Beast, por exemplo, declarou que já vendeu toda sua posição em BTC. Segundo ele, o Bitcoin está próximo de seu topo neste ciclo de alta e dificilmente dobrará de valor a partir dos níveis atuais, que giram em torno de US$ 105 mil.
Em contrapartida, ele aponta para as altcoins como o verdadeiro motor de ganhos daqui para frente. Em sua visão, o domínio do Bitcoin — métrica que mede o peso do BTC frente ao restante do mercado cripto — está atingindo um ponto de saturação. A história mostra que, após esse pico, os ativos alternativos tendem a entrar em forte valorização, dando início à chamada “altseason”.
Fundamentos mistos e divergências no mercado
Apesar da empolgação dos maximalistas, o desempenho recente do BTC mostra certa estagnação. A moeda perdeu cerca de 1,5% nas últimas 24 horas, lutando para superar a resistência dos US$ 106 mil. Paralelamente, dados apontam que baleias compraram mais de 30.000 BTC nos últimos dias, um indicativo de que grandes investidores ainda apostam na valorização do ativo.
Entretanto, a maioria das altcoins ainda está longe de seus recordes históricos. Ethereum, por exemplo, negocia com queda de quase 50% em relação ao seu topo anterior, enquanto Dogecoin e Shiba Inu acumulam perdas ainda mais acentuadas. Isso reforça o argumento de que há espaço significativo para recuperação no segmento alternativo.