Bitcoin atinge baixa de 3 meses atrás

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Bitcoin desvaloriza para mínimas de 3 mês – Imagem Libra

O Bitcoin vem sofrendo desvalorização em seu preço, chegando a atingir US$ 19.000, podendo ser um reflexo dos investidores perante ao Fed

O Bitcoin caiu para uma baixa de três meses, levando a um amplo declínio nos mercados de ativos digitais, já que os traders esperavam um provável aumento forte das taxas de juros na reunião do Federal Reserve desta semana. A reunião de dois dias dos principais formuladores de política monetária dos EUA será concluída na quarta-feira.

Embora muitos investidores e analistas de criptomoedas tenham argumentado que o Bitcoin é uma proteção contra a inflação, a principal força que está levando o preço da maior criptomoeda para baixo ultimamente são as ações agressivas do Banco Central, para diminuir o ritmo dos aumentos dos preços ao consumidor.

Segundo os analistas da Nydig, empresa de investimentos focada em Bitcoin:

O ambiente macroeconômico ainda tem um forte controle sobre a direção dos ativos financeiros, incluindo o Bitcoin.

No momento da edição deste artigo, o Bitcoin está sendo negociado a 19.240, uma queda de 3,06% no dia. O Ethereum, está sendo negociado a US$ 1.348, bem abaixo do preço de US$ 2.000 do mês passado, embora a fusão da semana passada na blockchain Ethereum, a transição histórica da rede para um sistema de “prova de participação” mais eficiente em energia, tenha ocorrido sem problemas.

“A reação de vender as notícias foi forte”, escreveu Paul McCaffery, analista da corretora KBW, em um relatório.

Movimentos de mercado

Postura otimista do Goldman sobre o ‘rendimento real de títulos’ traz más notícias para as criptomoedas

O rendimento dos títulos indexados à inflação dos EUA aumentou 100 pontos base (um ponto percentual) desde o início de agosto, causando nervosismo renovado em ativos de risco, incluindo criptomoedas. E para o desespero dos touros do Bitcoin, o chamado rendimento real provavelmente aumentará ainda mais nos próximos meses.

Na sexta-feira, o Goldman Sachs (GS) disse que os rendimentos dos títulos protegidos pela inflação (TIPS) de 10 anos do Tesouro dos EUA, que são ajustados periodicamente para compensar os aumentos no índice de preços ao consumidor, podem subir para 1,25% até o final do ano e, eventualmente, pico entre 1,25% e 1,5%.

O rendimento real ficou em 1,02% no momento, o maior desde novembro de 2018, de acordo com dados da plataforma de gráficos TradingView.

O Bitcoin historicamente se moveu na direção oposta ao rendimento real. O coeficiente de correlação de 90 dias entre os dois, atingiu um recorde de menos 0,95 no final de junho. (Uma leitura de menos 1 é considerada uma relação perfeitamente inversa.)

Gráfico diário

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O gráfico diário de preços do Bitcoin revela reversão na linha de tendência de baixa (linha pontilhada) – Fonte: TradingView/CoinDesk

A reversão do Bitcoin abaixo da confluência da linha de tendência de baixa e das principais médias móveis de longo prazo sugere uma retomada da tendência de baixa mais ampla.

Segundo a equipe de analistas da FXPro na edição de segunda-feira (19) de sua atualização diária do mercado.

O mercado em baixa foi confirmado pela venda ativa do BTC-USD após testar a média móvel de 50 dias.

Conforme observou o analista de pesquisa da Coinbase Institutional Brian Cubellis em uma atualização semanal dos mercados publicada na sexta-feira (16).

Se quebrarmos US$ 17.400 decisivamente, US$ 14.800 é o próximo nível de suporte.

Foto de Washington Leite
Foto de Washington Leite O autor:

Formado em Administração de Empresas, sou entusiasta da tecnologia e fascinado pelo mundo das criptomoedas, me aventuro no mundo do trade, sendo um eterno aluno. Bitcoin: The money of the future