A capitalização total do mercado cripto caiu mais de US$ 500 bilhões em uma semana

Foi uma semana extremamente agitada, volátil e, em sua maior parte, dolorosa para os mercados de criptomoedas, que começou poucas horas após nossa atualização anterior na sexta-feira passada.

Naquele momento, o BTC havia recuado levemente desde sua máxima histórica registrada dias antes, mas ainda se mantinha firme acima de US$ 120.000. No entanto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou a China com uma nova rodada de tarifas, alegando que as autoridades chinesas haviam mentido — o que gerou ondas de choque no mercado. O BTC despencou imediatamente para abaixo de US$ 117.000, abrindo as portas para uma cascata de liquidações alavancadas.

Os efeitos em cadeia do fechamento forçado dessas posições resultaram em uma liquidação de US$ 19 bilhões e uma queda massiva do BTC para US$ 101.000 (na Binance e em algumas outras corretoras). As altcoins sofreram ainda mais, com perdas de até 99% em alguns casos extremos.

A poeira baixou durante o fim de semana, especialmente após relatos de que a tensão entre as duas superpotências havia diminuído. O Bitcoin chegou a se recuperar, subindo para US$ 116.000 no meio da semana, mas encontrou rejeição imediata. Embora o suporte em US$ 110.000 tenha resistido inicialmente, os ursos continuaram pressionando o ativo. Ele cedeu ontem, quando Trump se encontrou com o presidente russo Vladimir Putin, caindo para US$ 108.500.

O cenário piorou ainda mais nas últimas 24 horas, em mais uma sexta-feira sangrenta. O BTC iniciou uma nova perna de queda, recuando para pouco abaixo de US$ 104.000. Houve um breve repique acima de US$ 106.000 depois que Trump afirmou que as tarifas sobre a China “não vão prevalecer”, mas o ímpeto se dissipou, e o BTC voltou para cerca de US$ 105.000 até o momento da publicação.

Isso representa uma perda semanal de mais de 13%. Embora já seja doloroso, a situação de muitas altcoins é bem pior, com perdas expressivas como DOGE (-27%), ADA (-25%), LINK (-27%), XLM (-22%), HYPE (-21,5%) e várias outras.

Dados de mercado

Capitalização total: US$ 3,650 trilhões | Volume 24h: US$ 273 bilhões | Domínio do BTC: 57,3%

Principais manchetes da semana em cripto

O medo extremo volta ao mercado cripto enquanto o Bitcoin despenca US$ 20 mil em poucos dias. O sentimento geral mudou drasticamente em pouco mais de uma semana, como mostra o Índice de Medo e Ganância. O indicador estava acima de 60 na semana passada, em zona de ganância, mas despencou para abaixo de 25 após a recente correção.

Ripple Labs lidera suposta arrecadação de US$ 1 bilhão para tesouraria de XRP. Enquanto diversas empresas intensificam seus esforços para acumular BTC, ETH e algumas outras altcoins, a Ripple Labs teria iniciado uma iniciativa para levantar US$ 1 bilhão por meio de uma SPAC, a fim de criar uma tesouraria de ativos digitais focada em acumular seu próprio token, o XRP.

Quase todo o ETH detido por empresas foi comprado apenas no último trimestre. Dados divulgados nesta semana indicam que praticamente todo o Ethereum adquirido por empresas de tesourarias de ativos digitais foi acumulado no terceiro trimestre de 2025.

O evento de desalavancagem da semana passada foi um “reset” necessário para o mercado de Bitcoin? A Glassnode opina. O colapso da última sexta-feira teve um impacto profundo em toda a indústria cripto, com vários analistas e observadores oferecendo suas interpretações sobre o que ocorreu e o que vem a seguir. A Glassnode afirmou que foi uma correção necessária, causada pelo uso excessivo de alavancagem por parte de alguns traders.

A queda de 10 de outubro foi exagerada? Perdas reais em cripto foram de apenas US$ 2,31 bilhões, diz analista. Outro relatório apontou que os números de US$ 19 bilhões em liquidações durante o crash da semana passada foram muito inflados. O valor real teria sido pouco acima de US$ 2,3 bilhões.

Peter Schiff rejeita o status de “ouro digital” do BTC após a recente queda. Como de costume, Peter Schiff aproveitou a oportunidade para criticar o Bitcoin, dizendo que a queda de mais de US$ 122.000 para abaixo de US$ 105.000 prova que o ativo não pode ser considerado ouro digital.

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