O que esperar do Bitcoin durante a semana e no mês de julho?

Antes do encerramento de junho, o preço do Bitcoin retomou sua trajetória de alta, ao alcançar novamente o patamar de US$ 108.000 nesta segunda-feira.
No momento da redação deste artigo, o BTC era negociado a US$ 107.958, apresentando ganhos diários de 0,6%, semanais de 8,6% e mensais de 2,3%.
Essa valorização trouxe otimismo entre os analistas, sinalizando uma recuperação sólida após as mínimas de US$ 98.523 registradas há poucos dias. Ontem, 29 de junh, Mister Crypto exclamou na rede X: “Cruzamento positivo na Liquidez Global. O Bitcoin está prestes a explodir!”

O que está impulsionando o Bitcoin e o que esperar esta semana?
O preço do Bitcoin, por enquanto, segue em recuperação, após a queda abaixo de US$ 100.000 ocorrida em 22 de junho, que gerou forte apreensão nos mercados.
Entretanto, a tensão geopolítica envolvendo Irã e Israel perdeu força; como resultado, os mercados globais passaram a operar com maior estabilidade, beneficiando os ativos de risco.
Além disso, Estados Unidos, União Europeia e China devem firmar um possível acordo nos próximos dias, o que pode impulsionar os mercados e os preços do BTC.
Na última semana, o protagonismo dos investidores institucionais foi evidente, principalmente com a elevação nas entradas líquidas dos ETFs de Bitcoin negociados nos EUA.
Nesse contexto, as perspectivas macroeconômicas para julho são amplamente positivas, reforçando o sentimento construtivo em relação ao mercado cripto como um todo.
Contudo, o mercado ainda não dissipou todas as incertezas. A atenção agora se volta ao cenário político norte-americano, especialmente ao possível anúncio de tarifas por Donald Trump no dia 9 de julho.
Os mercados poderão interpretar esse anúncio como um risco comercial relevante, capaz de provocar volatilidade e influenciar o desempenho dos criptoativos no curto prazo.
Ademais, os Estados Unidos enfrentam desafios internos com a inflação persistente, a desvalorização do dólar e o endividamento público que já atinge patamares históricos.
Recentemente, o índice do dólar (DXY) caiu para seu menor nível em três anos, reflexo da crescente perda de confiança internacional na moeda norte-americana.
Diante desse cenário, esse movimento pode beneficiar o Bitcoin, que muitos investidores consideram uma reserva alternativa de valor frente à fragilidade do dólar.
Análise técnica: níveis-chave para observar
O gráfico mostrou uma reversão em “V”, após o BTC cair de US$ 110.789 para uma mínima de US$ 98.240.
Pequenas velas verdes caracterizaram a recuperação, sinalizando que o impulso de alta ainda existe, embora comecem a surgir sinais de enfraquecimento.

Analistas técnicos destacam os seguintes níveis como os mais importantes no momento:
- US$ 109.000: resistência crítica no curto prazo.O mercado rejeitou o preço nesse ponto em 25 de junho e, se o BTC superar esse nível, poderá abrir caminho para novas máximas.
- Os analistas consideram o suporte psicológico de US$ 105.000 um divisor de águas. Se perdido, pode desencadear uma correção rumo à zona dos US$ 100.000.
Atualmente, o RSI está posicionado em 49, refletindo um equilíbrio entre compradores e vendedores e indicando ausência de sinal claro sobre a próxima direção de preço.
Por isso, os traders continuarão refinando a análise técnica à medida que novas informações forem surgindo nos próximos dias.
Fatos relevantes para acompanhar
Na última semana, os investidores institucionais aplicaram US$ 2,2 bilhões em ETFs de Bitcoin, demonstrando um interesse renovado pelo mercado cripto.
Entre eles, o ETF IBIT, da BlackRock, liderou os fluxos com entradas superiores a US$ 1,3 bilhão, consolidando sua posição como o fundo mais procurado neste segmento.
E ainda, após um início de mês mais cauteloso, os fluxos líquidos em junho atingiram US$ 4,47 bilhões — valor robusto frente aos US$ 5,23 bilhões registrados em maio.
Neste momento, o BTC encontra-se a apenas 3,6% de sua máxima histórica, registrada em 22 de maio, quando o preço atingiu US$ 111.970.
Esse cenário reforça o sentimento otimista predominante, mas os investidores permanecem atentos aos eventos políticos e macroeconômicos que poderão influenciar o mercado nas próximas semanas.