Bitcoin e Futebol: uma parceria em que todos ganham

Chegamos no momento em que Bitcoin e futebol começam a se aproximar. Momento é de adesão da tecnologia Blockchain

Em 2019 o Bitcoin completou 10 anos de existência e é fato que muita coisa mudou. Períodos de alta, períodos de baixa. Rallys “to the moon” e “meu deus, o Bitcoin vai acabar”. Atingir U$ 20.000 e depois atingir U$ 3.200. Tudo isso o Bitcoin viveu apenas nos últimos 2 anos. Se tentássemos fazer uma linha do tempo de fatos importante envolvendo o BTC desde 2009 certamente teríamos uma lista gigantesca de tópicos em mãos.

A questão aqui, no entanto, não é tratar os altos e baixos, mas sim a evolução da moeda como representante da tecnologia Blockchain e ativo valioso no mercado. De um mero desconhecido criado por um personagem até hoje anônimo, o Bitcoin se transformou (e continua se transformando) em uma potência econômica.

A maioria das pessoas atualmente, mesmo que não entendam exatamente do que se trata, já ouviram falar da principal criptomoeda. Empresas que antes ignoravam ou negavam a importância do ativo, hoje fazem parcerias e patrocinam entidades voltadas ao desenvolvimentos de tecnologia Blockchain. Tudo graças ao Bitcoin, o principal responsável pela difusão do Blockchain no mundo.

Pioneirismo no futebol

Ok, mas o que isso tem a ver com futebol, você pode estar se perguntando. O palavra-chave aqui é visibilidade. O Bitcoin de 10 anos atrás não chamava atenção como o de 5 anos atrás, e da mesma forma este último também não atraia olhares como o BTC em 2019. Bitcoin hoje é sinônimo de inovação, riqueza e tecnologia. Estar vinculado ao BTC traz visibilidade e boas oportunidades para negócios. Além disso, produtos e serviços vinculados à tecnologia Blockchain podem ser oferecidos com maior conveniência e dinamismo, sem falar da velocidade em transações.

É isso que diversos clubes têm enxergado: potencial tecnológico e de marketing atrelado às criptomoedas e Blockchain. É impossível pensar no Bitcoin e nas demais criptomoedas e imediatamente não fazer uma ligação com Blockchain.

O primeiro exemplo prático que podemos citar aqui é o Rimimi FC 1912, um clube da terceira divisão do futebol italiano, envolvido no projeto da moeda Quantocoin.

Rimini 1912

Sobre essa moeda podemos citar o interessante artigo “Bitcoin & Soccer: The Rise of Cryptocurrency Sponsorships and Partnerships” presente no site CryptoPotato:

“O projeto de tecnologia blockchain oferece trocas, negociações e pagamentos de remessas para uma base de clientes em potencial de 2 bilhões de pessoas.

 

A Quantocoin comprou 25% do Rimini inteiramente com criptomoeda, precisamente seu simbolo nativo, o Quantocoin (QRCt). Isso é significativo, já que foi a primeira vez que um time de futebol foi comprado usando criptomoeda.

 

A missão da Quantocoin é continuar nessa trajetória, fazendo muito mais compras relacionadas a esportes com criptomoedas.”

Gigantes da Europa

Se você for um leitor exigente pode não ter se impressionado com um projeto de Blockchain ligado a um time da terceira divisão da Itália. Sem problemas. O próximo exemplo é nada mais, nada menos, que o gigante de Portugal, o S.L Benfica.

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O clube 37 vezes vencedor da Primeira Liga de Portugal anunciou em junho que passaria a aceitar os já estabelecidos Bitcoin e Ethereum, além do token UTRUST (UTK) como forma de pagamento para seus produtos, tornando-se o primeiro clube do primeiro escalão do futebol mundial a aceitar criptomoedas em sua plataforma.

Segundo o co-fundador e CEO da UTRUST, Nuno Correia, a decisão do Benfica só pode trazer benefícios tanto para a instituição, quanto para o clube.

“Para os apoiadores do clube, pagar com criptomoedas é mais barato, seguro e rápido do que qualquer outro método de pagamento online.”

Outros exemplos

Na Inglaterra o Newcastle United, tradicional time do país que atualmente disputa a Barclays Premier League, considerada a principal liga de futebol do mundo, estampa nas mangas de seu uniforme a StormGain, mais uma criptomoeda representante da tecnologia Blockchain. Ainda na terra da rainha, o Wolverhampton Wanderers, também participante da Premier League é patrocinado pela gigante do mundo cripto, CoinDeal.

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Os exemplos são diversos, e só tendem a aumentar. A adesão ao Bitcoin e outras criptomoedas é apenas uma consequência do rápido processo de expansão popular dos ativos. Antes desconhecidos, agora são vistos por milhões nas principais ligas do mundo. Tecnologia, marketing, patrocínio e usabilidade são as chaves da parceria entre Blockchain (e seu maior divulgador mundial, o Bitcoin) e futebol. Não apenas os clubes e as empresas ganham, mas também o protagonista maior do espetáculo, aquele que é o foco de toda a macroestrutura social-econômica que envolve o futebol: o torcedor, público alvo e principal agente de consumo e avaliação.

Foto de Marcelo Roncate
Foto de Marcelo Roncate O autor:

Redator desde 2019. Entusiasta de tecnologia e criptomoedas.