Bitcoin e Venezuela: um rápido resumo para entender a relação

Entenda como funciona o Bitcoin para os venezuelanos

Venezuelanos estão utilizando Bitcoin como forma de se libertarem das dificuldades do país, que passa por uma aguda inflação. A transição serve como um atestado do valor do Bitcoin.

A Venezuela está em uma ruína econômica. Corrupção, indústria petrolífera em colapso e políticas socialistas mal aplicadas jogaram o país na hiperinflação. O presidente Nicolás Maduro, apontado como sucessor de Hugo Chávez, que morreu em 2013, subiu ao poder eliminando rivais e desmantelando o sistema judiciário.

O FMI estima que a inflação da Venezuela já está em 1,3 milhão porcento, níveis não vistos desde o dólar do Zimbabwe. Os níveis insanos de inflação significam que os valores aumentam em mais de vinte vezes em um dia.

No início do ano, Maduro tentou corrigir o problema ao criar uma criptomoeda duvidosa, supostamente lastreada por óleo, chamada Petro. Entretanto, nenhuma mudança noticiável foi feita em relação a reverter a inflação do país.

Negociações de Bitcoin aumentam

Para combater o derretimento do bolívar, venezuelanos escolheram o Bitcoin. O volume de troca na LocalBitcoins, um site que facilita trocas P2P de BTC, explodiu.

Em 2018, o volume de troca semanal do Bitcoin aumentou de 170 para 2000 BTC, quase US$8 milhões por semana.

Para fins de comparação, a CNN relatou que em março, o salário mínimo na Venezuela equivalia a US$6. Nesse ponto, as negociações de uma semana representam os salários de 1,3 milhão de venezuelanos.

Trazendo a adoção

A situação na Venezuela pode ser um possível cenário de adoção – ainda que nada sadio. É possível que, com o aumento na adoção, Maduro tenha dificuldades em extrair dinheiro dos cidadãos venezuelanos.

Apesar de não ser ideal, é uma mudança para os moradores do país — que agora conseguem ter alguns vislumbres de liberdade financeira.

Fonte: CryptoSlate