Bitcoin em 2025: avanços e cenário para 2026
O ano de 2025 termina com o Bitcoin abaixo da máxima histórica de US$ 126.080, mas ainda forte no mercado global. Embora o preço esteja próximo de US$ 90 mil, analistas afirmam que 2025 impulsionou a entrada institucional e consolidou o ativo em portfólios tradicionais. Além disso, o período marcou uma mudança estrutural no sentimento dos investidores, que passaram a ver o BTC como elemento estratégico.
Segundo especialistas, a aprovação dos ETFs em 2024 e a posse de Donald Trump aceleraram um ambiente mais favorável. Medidas como o Genius Act, a criação da reserva estratégica e o avanço de empresas de tesouraria reforçaram a solidez institucional. Para o Mercado Bitcoin, 2025 elevou o nível de confiança entre grandes agentes.
Representantes da Coinbase também destacam que o ano marcou melhorias profundas na infraestrutura de confiança, com a entrada de gestores tradicionais como a Vanguard. Assim, o ativo deixou de ser visto como nicho e passou a ocupar espaço permanente em alocações diversificadas.
Para empresas brasileiras como a Foxbit, a evolução do mercado mostrou que o BTC atingiu um novo patamar. A volatilidade permaneceu, mas a base institucional mais forte reduziu o risco de quedas bruscas por pânico, criando expectativa positiva para o longo prazo.
Trajetória de preço durante 2025
O ano começou aquecido. Em 6 de janeiro, o Bitcoin ultrapassou US$ 100 mil, impulsionado pelo chamado Trump Trade. Pouco depois, durante a posse presidencial em 20 de janeiro, o ativo alcançou US$ 108.786. No entanto, o entusiasmo diminuiu devido às tensões provocadas por políticas tarifárias e temor de recessão nos EUA. Assim, em março, o BTC caiu para US$ 79 mil.
O primeiro trimestre encerrou com retração de 10 por cento, a pior desde 2020. Em 8 de abril, atingiu o piso anual de US$ 76 mil, reflexo das reações negativas às medidas comerciais norte-americanas. Porém, a partir de maio, iniciou trajetória de alta contínua. Em julho, o preço alcançou US$ 112.055 graças à liquidez global elevada e ao fluxo institucional crescente.
Um tweet de Michael Saylor em 13 de julho levou o BTC acima de US$ 119 mil. No dia seguinte, o ativo marcou novo recorde de US$ 122.780. Em 6 de outubro, atingiu o topo histórico de US$ 126.080. No entanto, após essa fase, o mercado entrou em correção, pressionado por realização de lucros e aumento da aversão ao risco, fechando o ano abaixo dos US$ 90 mil.
Outro ponto relevante foi a movimentação de moedas inativas. Desde 2023, 1,6 milhão de BTC parados por mais de dois anos voltaram a circular. Em 2025, quase US$ 300 bilhões em moedas com mais de um ano foram movidos, indicando pressão vendedora de longo prazo.
Mineração, avanços técnicos e impacto político
A mineração também registrou marcos importantes em 2025. A dificuldade alcançou 109,78 trilhões de hashes em janeiro, avançou para 129 trilhões em agosto e bateu 155 trilhões em 9 de novembro, segundo dados do CoinWarz. Além disso, dados sem valor monetário ocuparam até 37 por cento dos blocos, impulsionados por OP_RETURN e Ordinals.
Na camada técnica, a versão 29.0 do Bitcoin Core corrigiu limitações que impediam blocos no tamanho máximo, no blog oficial do projeto. Já a versão 30.0 ampliou o limite de dados no OP_RETURN para 100.000 bytes por transação, permitindo novos usos da blockchain.
Em 6 de março, Donald Trump assinou ordem executiva para criar a reserva estratégica de Bitcoin dos EUA, utilizando cerca de 200.000 BTC já confiscados, avaliados em aproximadamente US$ 17 bilhões. No entanto, impasses legais impediram avanços. Mesmo assim, o anúncio reforçou a importância estratégica do ativo para a política norte-americana.
Com maior institucionalização, avanços técnicos e recordes na mineração, 2025 consolidou bases sólidas. Portanto, o setor entra em 2026 com expectativas de maturidade ampliada e novos vetores de crescimento.