Bitcoin enfrenta resistência e reforça defesas do mercado

Bitcoin enfrenta resistência

O Bitcoin passou a tarde sob forte observação dos traders, que analisam cada oscilação perto do nível psicológico de US$ 100.000. Apesar do recente impulso de alta, a criptomoeda encontrou resistência firme e segue testando os limites da confiança do mercado. No entanto, os dados técnicos indicam que a fase atual pode representar um ponto de equilíbrio temporário antes de um novo movimento expressivo.

Enquanto a volatilidade se mantém controlada, o sentimento predominante é de cautela. As operações institucionais continuam moldando o ritmo da consolidação, reforçando o caráter estratégico das posições defensivas no mercado de derivativos.

O Bitcoin cai 1,2%, para US$ 101.800, em meio à redução do volume próximo ao suporte de US$ 100 mil, enquanto instituições se protegem com opções. (Dados da CoinDesk)

Consolidação do preço e resistência técnica em US$ 102 mil

De acordo com a CoinDesk Research, o Bitcoin recuou dos picos recentes, caindo de US$ 103.413 para US$ 101.775 na terça-feira. Esse movimento representou uma retração de 1,24%, ocorrida com volume apenas 2,11% acima da média móvel de sete dias. Portanto, o comportamento sugere um mercado sem convicção, ainda que atento ao suporte crítico de US$ 100.000.

A pressão vendedora aumentou às 15h00 GMT, quando 27.579 BTC foram negociados — um salto de 189% sobre a média de 24 horas. O volume elevado, combinado à incapacidade dos compradores de sustentar preços acima de US$ 105.200, reforçou a força da resistência técnica. Assim, o Bitcoin confirmou a dificuldade de superar a zona de US$ 105.342 e retornou ao intervalo de consolidação.

Nos minutos seguintes, o ativo exibiu variações rápidas entre US$ 101.625 e US$ 102.154. Esse comportamento volátil demonstrou o esforço dos traders em defender o suporte imediato, mas também revelou a falta de impulso para romper a barreira dos US$ 102.000. O pico de volume registrado às 17h40 UTC marcou o momento de maior interesse comprador do dia, embora o ímpeto tenha desaparecido rapidamente.

Investidores institucionais adotam posição defensiva

Com projeções otimistas que apontam para possíveis metas de US$ 180.000, mas também alertas sobre correções de até 70%, investidores institucionais reforçam a proteção de portfólio. O movimento foi liderado pelas opções de venda (puts) com vencimento em dezembro de 2025, cujo número de contratos subiu 43%. Além disso, as puts de março de 2026 com preço de exercício de US$ 80.000 aumentaram 31%, evidenciando uma postura de hedge em vez de especulação de baixa.

Essa estratégia mostra que o apetite por risco continua moderado. Portanto, mesmo com o Bitcoin acima de US$ 100.000, grandes players preferem manter posições de segurança enquanto aguardam definições macroeconômicas. O ativo se aproxima da média móvel de 365 dias — um suporte historicamente relevante que, quando rompido em 2022, antecipou uma queda de 66%. Assim, a cautela dos investidores parece alinhada ao comportamento técnico atual.

Faixas críticas e leitura técnica do mercado

A análise técnica aponta um cenário de consolidação lateral. O suporte imediato está em US$ 101.625, reforçado pelas mínimas recentes, enquanto o suporte psicológico permanece em US$ 100.000. A resistência, por sua vez, continua forte entre US$ 105.200 e US$ 105.340. Esse intervalo delimita a zona de congestão que prende o Bitcoin nas últimas sessões.

Em relação ao volume, o pico de 27.579 BTC às 15h00 UTC definiu o ponto de virada intradiário. A partir dali, as tentativas de recuperação ocorreram com volumes reduzidos, sugerindo ausência de convicção compradora. Além disso, os padrões gráficos indicam que o Bitcoin rompeu a linha de tendência ascendente formada nas mínimas anteriores. Desde então, as máximas vêm diminuindo gradualmente, e o preço segue lateralizado entre US$ 101.700 e US$ 102.000.

O alvo imediato de alta está em US$ 102.150, correspondente à última reação técnica do dia. No entanto, a quebra do suporte psicológico pode levar o Bitcoin a revisitar a região de US$ 92.000. Portanto, a atual faixa de consolidação representa não apenas um teste de suporte, mas também um divisor de humor entre a manutenção da tendência e uma possível virada corretiva mais ampla.