Bitcoin está de volta à casa dos US$ 10.000! O que podemos esperar adiante?
Região é “fantasma antigo” que o Bitcoin precisa enfrentar para poder subir ainda mais
Foram três longos meses desde a última vez que o Bitcoin frequentou a casa dos US$ 10.000. De lá pra cá, muita especulação e volatilidade estiveram em volta da principal criptomoeda.
A última vez que o Bitcoin havia atingido US$ 10.000 foi em 26 de outubro de 2019, três meses e meio atrás. No dia anterior o ativo iniciara uma impressionante corrida de alta partindo de US$ 7450, aproximadamente, chegando até quase US$ 10.500.
Uma alta de quase 40% em apenas dois dias. Contudo, a incapacidade do ativo em se manter acima de US$ 10.000 e, posteriormente, acima de US$ 9.000, jogou um balde de água fria na maioria dos traders.
Os dois meses seguintes foram de preocupação, com o Bitcoin chegando a perder por um curto período (no dia 18 de dezembro de 2019, para ser mais específico) o suporte em US$ 6500, recuperando-o logo em seguida.
Daquele momento em diante, o que vimos foi um ativo em constante evolução de preço, gerando novos topos de forma consistente e criando uma nova onda de otimismo na comunidade cripto. Duas perguntas, contudo, ficam no ar: será que o BTC conseguirá se manter acima de 10k dessa vez? E o que está impulsionando a alta atual?
Gráfico por: TradingView
Novos impulsos e antigos desafios
Responder se o Bitcoin conseguirá se manter acima de US$ 10.000 não é das tarefas mais simples. Primeiro pela falta de uma bola cristal realmente funcional, e segundo por se tratar de uma faixa que atualmente marca uma resistência importante para o BTC.
Após perder o suporte em 10k pela primeira vez durante o inverno cripto de 2018 (em 17 de janeiro, para ser mais específico), a zona em questão se tornou uma área de constante instabilidade. Mesmo brigando para se manter acima dos US$ 10.000 durante dois meses, o suporte foi perdido em definitivo no mês de março daquele ano, gerando uma resistência bem estabelecida.
Durante mais de um ano o Bitcoin sequer voltou a tocar nos temidos 10k.
Mais recentemente, em junho de 2019, o Bitcoin ultrapassou novamente a resistência, mas não conseguiu se consolidar, o que ocasionou novas quedas acentuadas.
- Veja também: O Bitcoin pode atingir US$ 25.000 em 6 meses?
Para não termos a repetição do passado, seria primeiramente importante que o BTC atingisse a faixa de US$ 10.800 – US$ 11.000 e, posteriormente, US$ 12.000 – US$ 12.200. As duas regiões representam os últimos dois topos ainda não ultrapassados pelo Bitcoin.
Consolidando acima desses alvos, o desafio maior seria romper a resistência em US$ 13.800 – US$ 14.000, região que parou o avanço do Bitcoin durante a alta de junho. Até que isso ocorra, a zona de US$ 10.000 seguirá atuando como zona de suporte/resistência chave.
Mas em que se baseia essa alta? Podemos apontar alguns fatores principais, de caráter fundamentalista e de caráter técnico.
Pelo viés técnico, vemos o BTC rompendo todas as resistências que lhe foram impostas desde o fundo do dia 18 de dezembro. Inclusive nos encontramos novamente acima da média de 200 períodos, que é extremamente representativa para a definição de tendência de longo prazo de um ativo.
Entretanto, há de se apontar que a alta atual já se encontra um pouco esticada, inclusive com o Estocástico RSI indicando uma intensa sobrecompra. Não seria surpresa ver o Bitcoin corrigindo nos próximos dias, sendo esse, inclusive, o caminho mais saudável para o BTC.
Gráfico por: TradingView
Do lado fundamentalista, a proximidade do halving tem impulsionado o Bitcoin, trazendo inclusive novas máximas históricas no hashrate durante o mês de janeiro. A mineração está em seu melhor momento desde o início de 2018, e a tendência é permanecer assim até que o halving ocorra.
Também o surto de Coronavírus tem sido positivo para o Bitcoin. Agindo como reserva de valor, os investidores tem escolhido o BTC para se proteger durante mais uma crise que tende a adquirir um caráter global.
Por fim, devemos nos atentar ao fato de que estamos falando do Bitcoin, que por vezes não responde como esperado às tendências e expectativas, gráficas e fundamentalistas. Lembre-se de sempre manter o stop preparado e respeitar seu gerenciamento de risco.
*Essa análise tem fins meramente educacionais e não se configura uma recomendação de compra ou venda. Invista com inteligência.
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