Bitcoin mantém força apesar de vendas em derivativos e registra forte entrada em ETFs
Institucionais impulsionam ETFs com bilhões em aportes, enquanto o Bitcoin resiste à pressão vendedora na Binance e mantém estrutura de alta.
Segundo dados da Santiment, desde 6 de junho houve apenas um único dia com saída líquida de fundos em ETFs de Bitcoin, apontando para um momento claramente otimista no mercado institucional.
No dia 7 de julho, os ETFs spot de Bitcoin nos EUA registraram um fluxo líquido de US$ 216,5 milhões, com destaque para o iShares Bitcoin Trust (IBIT) da BlackRock, que liderou com US$ 164,6 milhões em aportes. A Fidelity também contribuiu com US$ 66 milhões via seu FBTC. Já os fundos da ARK e da Grayscale sofreram saídas modestas, enquanto outros ETFs ficaram estáveis.
O movimento reforça uma tendência que já acumula quase US$ 4,7 bilhões em entradas ao longo de uma sequência de 15 dias, empurrando o total de ativos sob gestão (AUM) para mais de US$ 131 bilhões. Em 2025, os ETFs já atraíram mais de US$ 14,4 bilhões — sendo US$ 4,5 bilhões apenas em julho.
Institucionais lideram, mas derivativos mostram ceticismo
Apesar do entusiasmo no mercado à vista, os dados de derivativos contam outra história. A Binance Derivatives vem registrando forte pressão vendedora por parte dos traders, refletida no Cumulative Volume Delta (CVD) negativo há 45 dias consecutivos. Isso indica domínio de ordens de venda a mercado (takers), com operadores apostando em quedas a cada repique de preço.
Mesmo assim, o Bitcoin manteve sua faixa entre US$ 100 mil e US$ 110 mil e absorveu a pressão sem perder estrutura. Analistas sugerem que a resistência do BTC diante das vendas pode estar sendo sustentada por compras institucionais silenciosas, preparando o terreno para uma possível alta caso os vendedores sejam forçados a sair de suas posições.
O funding rate em queda reforça o sentimento de baixa entre os apostadores em derivativos, mas paradoxalmente isso pode alimentar uma alta via liquidações em massa se o BTC romper seu patamar atual.
Altcoins ficam para trás
Enquanto o Bitcoin atrai atenção e liquidez institucional, as altcoins mostram sinais de exaustão. A dominância das 10 maiores altcoins no volume total cresceu de 50% para 63% nos últimos meses, indicando concentração de atividade e perda de tração entre tokens menores.
O Sharpe ratio do BTC, que mede retorno ajustado ao risco, supera até mesmo ativos de destaque como SOL e XRP, mostrando que o criptoativo líder está entregando retornos mais consistentes e com menor volatilidade.
