Bitcoin mantém US$ 114 mil após CPI dos EUA reforçar cautela antes do FOMC

Inflação anual de 2,9% e alta mensal acima do previsto reduzem apostas em corte agressivo de juros, enquanto ETFs de BTC registram forte entrada de capital
O Bitcoin reagiu de forma imediata à divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos referente a agosto. A criptomoeda chegou a tocar US$ 114.500, mas rapidamente devolveu parte dos ganhos e voltou para a região de US$ 114.000.
Os dados mostraram que a inflação anual ficou em 2,9%, dentro das expectativas, mas a variação mensal subiu 0,4%, acima da projeção de 0,3%. O núcleo do CPI, que exclui alimentos e energia, veio em linha com as estimativas, com alta de 3,1% em 12 meses e 0,3% no mês.
A divulgação aumenta a importância da reunião do Federal Open Market Committee (FOMC), marcada para a próxima semana. O mercado segue apostando em um corte de juros, mas as chances de um movimento mais agressivo diminuíram. De acordo com dados do CME FedWatch Tool, a probabilidade de um corte de 50 pontos-base caiu de 12% para 9%, enquanto a maioria espera redução de 25 pontos-base.
Mesmo com a cautela em relação à política monetária, os ETFs de Bitcoin têm sustentado parte do otimismo. Na quarta-feira, os fundos registraram entradas de US$ 757 milhões, maior volume em oito semanas, acumulando US$ 1,39 bilhão em setembro.
Analistas ressaltam que o impacto imediato do CPI tende a ser limitado, com a decisão do Fed sendo o verdadeiro catalisador para os próximos movimentos. Até lá, o BTC deve seguir oscilando em torno do patamar de US$ 114 mil, apoiado pelos fluxos institucionais, mas sensível a novos sinais de inflação e política monetária.
- Veja também: Preço do Bitcoin sobe para máxima de 2 semanas em US$ 114 mil antes dos dados do CPI dos EUA