Bitcoin “morreu” 459 vezes, mas passa bem

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Mais uma “morte” foi recentemente registrada. Imagem: news.bitcoin.com

O número de vezes que a criptomoeda foi para o cemitério deve ser ainda maior, pois o contador filtra apenas artigos em inglês.

Bitcoin e seu histórico mortal

A comunidade cripto sabe muito bem: certos órgãos de imprensa e empresários, sobretudo os que dependem do Estado para tocar seus empreendimentos, não são simpáticos com a existência do Bitcoin e de outras 20 mil criptomoedas, segundo dados do CoinMarketCap.

Segundo o Bitcoin Obituaries, a criptomoeda “morreu” pela 459ª vez, de acordo com “especialistas”. O último artigo foi publicado no Economic Daily no dia 25 de junho e, segundo o periódico estatal chinês, o ativo digital está indo rumo a zero.

Se você não viveu debaixo de uma pedra este tempo todo, sabe que a China baniu o uso de criptomoedas em seu país.

A “morte” mais antiga registrada data de 15 de dezembro de 2010. O artigo “Why Bitcoin can’t be a currency” diz o seguinte:

“Ciclos de feedbacks negativos como este são basicamente homeostase. Naturalmente, ciclos de feedbacks positivos como o do Bitcoin são letais; a única coisa que manteve o Bitcoin vivo por tanto tempo é sua novidade. Ou permanecerá uma novidade para sempre, ou passará do status de novidade para morto mais rápido do que você pode piscar.”

Critérios para o obituário

Entrar para a lista de “especialistas” do Apocalipse exige que certos parâmetros sejam respeitados:

  • O conteúdo em si (não apenas a manchete) precisa ser explícito sobre o fato de a criptomoeda ser inútil (nada de “talvez” ou “poderia”);
  • O conteúdo foi produzido por uma pessoa com notável número de seguidores na internet.
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Plataforma contabiliza as falas apocalípticas de “especialistas” sobre o mercado descentralizado. Imagem: Reprodução

Curiosamente, os gráficos apontam que os “especialistas” tendem a ficar mais silenciosos durante os fortes períodos de alta. Por outro lado, durante longos períodos de correção, as profecias pessimistas começam a ganhar força e vigor.

Cerca de 34 “mortes” foram registradas nos últimos 365 dias.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.