Bitcoin no cotidiano: adoção da criptomoeda está em um estágio mais avançado do que geralmente é falado
Ou “o que talvez não seja falado sobre o Bitcoin de forma simples”
Terça-feira, 11 de setembro, 10:17 da noite. Estou procurando algum filme no Netflix para assistir que eu ainda não tenha visto, enquanto as outras abas do meu navegador ficam abertas. Em uma delas, o famoso Whatsapp Web é executado.
Enquanto procuro por documentários (desisti dos filmes), um dos grupos do qual faço parte exibe notificações. Uma, duas, cinco. Rápido demais. Decido ver o que é. Estão vendendo um carro, mais precisamente, um Ford Focus, modelo 2010/2011. Esse aqui da foto:
Até aí, nada de novo sob o sol. Mudo novamente de aba para continuar procurando por um bom documentário, e as fotos do carro continuam rolando, e eram muitas – que saco.
De repente, eu mudo de aba e me deparo com a seguinte sequência de mensagens:
ACEITA PAGAMENTO EM BITCOIN? Sério?
Foi então que eu me toquei que algo a mais estava acontecendo ali. Eu estava presenciando, em primeira mão, um exemplo do Bitcoin penetrando o cotidiano, a rotina.
Provavelmente você deve ter alguns grupos de “rolo” no Facebook/Whatsapp. É sempre bom comprar aquele item que você não precisa tanto, por um preço de desapego. Útil e agradável se encontram.
Sempre quis aprender a tocar violão mas não quer gastar dinheiro em um novo? Sem problemas, por que não comprar aquele ali de 100 reais, até bem conservado, com um adesivo do Metallica de 10 anos atrás?
Muito se discute sobre a aplicabilidade do Bitcoin em transações “pequenas”, por conta da escalabilidade ainda faltosa da primeira criptomoeda, razão pela qual surgiram diversas altcoins que exercem com maior efetividade o papel de meio de pagamento. De qualquer forma, mesmo com todos esses poréns, ela deu um jeito de ser utilizada na compra de um veículo.
Como alguém que apenas recentemente adentrou esse grandioso universo das criptomoedas, acredito que esse é o tipo de exemplo que você deve apresentar para aquele seu amigo que diz que Bitcoin é “dinheiro de idiota” – eu tenho alguns amigos assim, você também deve ter.
“- Mas cara, como que moedinha de computador vale dinheiro de verdade?
– Mano, se não vale, como que tem gente aceitando 30 mil pau em Bitcoin na hora de vender o carro?”
Existem outros ótimos exemplos também, como o caso do youtuber Daniel Fraga, que após ser condenado a indenizar moralmente um juiz, tudo que fez foi desejar boa sorte ao magistrado, pois todas as suas posses estavam em Bitcoin.
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Mas acho que esse exemplo talvez se amolde melhor, pois ele toca o cotidiano. Todo mundo que tem carro, uma hora vai vendê-lo. Não importa o motivo, você vai vender.
E nesse processo quase natural, o Bitcoin já deu um jeito de carimbar presença. Eu não vou listar aqui dezenas de análises que atestam a longevidade das criptomoedas, você já leu isso!
O que eu quero é te dar um exemplo fácil para mostrar para os seus amigos que a revolução monetária é real. Talvez, se você for um trader, quero até te animar depois de você ter se ferrado por entrar tarde demais no pump daquela altcoin que praticamente ninguém ouviu falar. Para que você se lembre da razão que te fez entrar nisso tudo.
A revolução está acontecendo, e ela já está bem encaminhada. Agora é tarde demais para impedir o avanço.