Bitcoin perde força e arrasta altcoins como ETH, XRP e LTC

Sinais de fraqueza após semanas voláteis
O início de novembro trouxe nova pressão para o mercado de criptomoedas. Após um outubro agitado, o Bitcoin voltou a cair e agora opera próximo de US$ 107.000, repetindo o movimento de baixa que encerrou o mês anterior. As altcoins seguiram o mesmo caminho, registrando perdas expressivas e ampliando o sentimento de cautela entre investidores. Além disso, a volatilidade continua elevada, com o mercado reagindo a fatores macroeconômicos e decisões de política monetária.
Durante a última semana, o BTC enfrentou fortes oscilações, atingindo US$ 116.000 em dois momentos antes de ser novamente rejeitado. Logo após, recuou para US$ 112.000, reagindo brevemente a notícias positivas do Federal Reserve, que anunciou um corte de 25 pontos-base na taxa de juros. No entanto, o entusiasmo durou pouco, e a criptomoeda voltou a perder força, tocando US$ 106.000. A tentativa de recuperação para US$ 111.000 também foi frustrada, com o ativo encerrando o fim de semana em queda.
Enquanto isso, o domínio do Bitcoin sobre o mercado subiu para 58,3%, refletindo a fuga de capital das altcoins. A capitalização total do mercado despencou mais de US$ 120 bilhões desde o último domingo, caindo para US$ 3,68 trilhões. Agora, os investidores observam atentamente se o suporte em torno de US$ 107.000 conseguirá conter uma nova rodada de liquidações.

Altcoins seguem em queda acentuada
O cenário entre as altcoins é ainda mais desafiador. Ethereum recuou para US$ 3.700 após uma queda de 3,8%, enquanto o XRP desvalorizou 4,5%, cotado a US$ 2,40. Moedas como BNB, SOL, DOGE, ADA, LINK, SUI, HBAR e AVAX registraram perdas entre 7% e 8%, ampliando o impacto negativo sobre o sentimento do mercado. A LTC, por sua vez, destaca-se entre as de pior desempenho diário, refletindo a fragilidade do segmento.
Apesar do panorama negativo, há exceções pontuais. A ICP avançou mais de 8% nas últimas 24 horas, seguida pela WBT e ASTER, que também registraram ganhos modestos. Ainda assim, a tendência geral permanece de cautela, com a liquidez reduzida e os traders adotando uma postura defensiva. Além disso, o aumento da realização de lucros e a redução do volume de negociações intensificaram o movimento de queda, afetando a confiança de curto prazo.
O total de capitalização do mercado caiu para US$ 3,59 trilhões, e os analistas apontam que o próximo suporte relevante está em US$ 3,56 trilhões. Caso esse nível seja perdido, novas quedas podem levar o valor total para a faixa de US$ 3,50 trilhões, um patamar que colocaria ainda mais pressão sobre os investidores e ampliaria o sentimento pessimista.
Bitcoin testa suporte e busca direção
O Bitcoin é o centro das atenções neste início de mês. Cotado a US$ 107.686, o ativo perdeu o suporte de US$ 108.000, com a pressão vendedora se intensificando. Caso as condições de baixa persistam, o BTC poderá recuar até a zona de US$ 105.000, eliminando parte dos ganhos recentes. Ainda assim, existe espaço para uma reação.
Se o Bitcoin conseguir se recuperar e ultrapassar novamente os US$ 108.000, poderá testar a resistência em US$ 110.000. Um rompimento sustentado acima desse patamar abriria espaço para um movimento em direção a US$ 112.500, fortalecendo a narrativa otimista e renovando o interesse institucional. Portanto, as próximas sessões devem ser decisivas para determinar se o ativo confirma um novo ciclo de alta ou prolonga o movimento corretivo iniciado no fim de outubro.
Enquanto isso, o token VIRTUAL também enfrentou forte pressão. A criptomoeda despencou 16% em apenas 24 horas, negociada a US$ 1,53 após romper dois suportes críticos. Caso o cenário de baixa persista, o ativo poderá cair até US$ 1,37. Por outro lado, as médias móveis exponenciais (EMAs) indicam possível melhora técnica. Se ocorrer uma Cruz de Ouro, a VIRTUAL poderá reagir até US$ 2,00, sinalizando uma reversão do atual momentum de baixa.

Perspectiva de curto prazo e próximos movimentos
O mercado cripto entra em novembro sob o signo da incerteza. O sentimento predominante é de prudência, com os investidores acompanhando tanto os desdobramentos macroeconômicos quanto os indicadores técnicos. Assim, o suporte global de US$ 3,56 trilhões será crucial para determinar se o mercado retoma o viés positivo ou enfrenta novas quedas.
Enquanto o Bitcoin busca direção, a recuperação dependerá da confiança institucional e da estabilização das condições globais. Ainda que o ambiente atual pareça desafiador, o histórico do mercado cripto mostra que fases de correção muitas vezes precedem novas ondas de valorização.