O Bitcoin enfrenta um dos finais de ano mais desafiadores desde o último ciclo de alta. O ativo se mantém pressionado pela força vendedora e pode buscar uma correção até a região entre US$ 70 mil e US$ 73 mil, segundo novas análises de mercado. Apesar do cenário atual, parte dos especialistas acredita que essa queda pode preparar o terreno para uma recuperação mais sólida em 2026.

Pressão vendedora empurra o Bitcoin para zona decisiva

Em 20 de dezembro, o trader quantitativo CryptoOnchain publicou novas observações sobre a estrutura de preço do Bitcoin na plataforma X. De acordo com o analista, o comportamento do mercado mostra predominância da força vendedora, o que dificulta qualquer tentativa de retomar máximas recentes. Além disso, a perda gradual de força compradora aumenta a chance de uma correção mais profunda.

Segundo o especialista, o Bitcoin está negociado próximo ao Point of Control, região onde se concentra o maior volume transacionado em um período específico. Esse nível costuma atuar como suporte ou resistência relevante. No entanto, a dificuldade do ativo em romper topos anteriores indica que o POC pode não segurar por muito tempo.

Para CryptoOnchain, a estrutura aponta para uma possível queda até a zona entre US$ 70 mil e US$ 73 mil. Essa faixa funcionou como topo do ciclo passado e agora atua como suporte flip, o que a torna ainda mais importante para o preço futuro.

O analista também destacou uma divergência no Índice de Força Relativa. Esse sinal técnico reforça a probabilidade de o Bitcoin buscar novamente a região citada. Além disso, ele afirma que qualquer tentativa de reversão deve ser acompanhada de perto, especialmente caso ocorra por volta dos US$ 72 mil, onde o mercado costuma reagir de maneira mais agressiva.

Zona entre US$ 70 mil e US$ 73 mil é crucial para manter tendência de alta

CryptoOnchain alertou que a manutenção desse suporte é essencial para impedir que o Bitcoin entre em um movimento corretivo ainda mais prolongado. Caso o patamar seja perdido, o mercado pode iniciar um ciclo baixista duradouro, o que anularia parte da estrutura de alta construída desde o início do ano.

O analista relembrou que o Bitcoin chegou a negociar abaixo de US$ 75 mil no primeiro trimestre. Na ocasião, tensões econômicas globais e risco de guerra comercial pesaram sobre o mercado. Assim, um retorno à zona atual não seria inesperado. No entanto, representaria queda expressiva em relação aos valores recentes.

No momento da última atualização, o Bitcoin estava cotado em torno de US$ 88.330, sem variação relevante em 24 horas. Embora o preço permaneça estável no curto prazo, o mercado segue atento aos sinais de enfraquecimento técnico e aos próximos testes de suporte.

Segundo a análise, o curto prazo será marcado por volatilidade e por decisões importantes dos investidores. Uma queda até a região de US$ 70 mil a US$ 73 mil retomaria níveis observados no início do ano. Além disso, definiria se o ativo continuará em trajetória positiva ou se pode entrar em um período de consolidação mais longo.