Bitcoin se fortalece com novo recorde do ETF da BlackRock e sinais de acumulação

Com US$ 70 bilhões em ativos e fundamentos otimistas, o mercado sinaliza preparação para nova alta do Bitcoin, mesmo com volatilidade e realização de lucros.

O ETF de Bitcoin da BlackRock, iShares Bitcoin Trust (IBIT), acaba de se tornar o fundo negociado em bolsa mais rápido da história a atingir US$ 70 bilhões em ativos sob gestão (AUM), superando a marca em apenas 341 dias — cinco vezes mais rápido que o ETF de ouro SPDR Gold Shares.

O IBIT agora detém mais de 661 mil BTC, o equivalente a cerca de US$ 71,8 bilhões, e tem mantido uma sequência de captação líquida quase ininterrupta desde abril. Esse fluxo constante é liderado por investidores institucionais, enquanto o varejo permanece mais tímido. Desde que a BlackRock entrou no setor, com o Bitcoin valendo cerca de US$ 30 mil, o ativo mais que triplicou, sendo agora negociado na casa dos US$ 110 mil.

Além do IBIT, outros 11 ETFs de Bitcoin spot já movimentam, juntos, quase US$ 125 bilhões em ativos — números que reforçam a legitimidade do BTC como ativo institucional e sinalizam um novo estágio de maturidade para o mercado cripto.

Do lado técnico, o Bitcoin segue oscilando em torno de sua máxima histórica, com analistas da Bitfinex apontando que um rompimento acima de US$ 114.800 pode dar início a uma nova fase de valorização impulsionada pela demanda no mercado à vista. Já uma queda abaixo de US$ 97.100 — especialmente abaixo dos US$ 95.600 — poderia indicar enfraquecimento do sentimento e abrir caminho para uma correção até US$ 83 mil.

Apesar da recente instabilidade causada por disputas políticas, como o embate entre Donald Trump e Elon Musk, e de liquidações expressivas que derrubaram o preço para US$ 100.420 na semana passada, o mercado começa a mostrar sinais consistentes de recuperação. Indicadores on-chain como o Taker Buy/Sell Ratio da Binance (que chegou a 1,1) e o aumento no Realized Cap dos holders de longo prazo sugerem que o apetite por BTC segue firme.

Além disso, dados mostram que novas moedas estão sendo mantidas, e não vendidas, indicando uma fase de reacumulação. O crescimento do volume de BTC em carteiras com histórico de retenção superior a 155 dias reforça esse cenário, mostrando que investidores mais experientes estão reforçando suas posições em vez de realizarem lucros.

Foto de Marcelo Roncate
Foto de Marcelo Roncate O autor:

Redator desde 2019. Entusiasta de tecnologia e criptomoedas.