Bitcoin recua após recorde, mas analistas veem chance de alta até US$ 200 mil em 2025

Indicadores técnicos apontam risco de correção, mas analistas veem fundamentos sólidos, avanço da dominância do Bitcoin e possível rali impulsionado pelo Fed

O Bitcoin entrou em setembro pressionado após cair para perto de US$ 107 mil, quase duas semanas depois de registrar a máxima histórica de US$ 124 mil. A retração reacendeu o debate sobre a força da atual fase do ciclo.

Um dos principais alertas vem do indicador MVRV (Market Value to Realized Value), que compara o valor de mercado ao custo realizado das moedas. O recente cruzamento de morte entre as médias de 30 e 365 dias sugere enfraquecimento no curto prazo, lembrando padrões vistos em 2021, quando a força dos preços perdeu sustentação diante da queda de novos fluxos de capital. O risco, segundo analistas, é que valuations esticados sem entrada proporcional de liquidez resultem em consolidações ou correções.

Apesar disso, outros sinais permanecem construtivos. A plataforma Swissblock destacou que crescimento de rede e liquidez vêm avançando em paralelo — combinação que historicamente precedeu fortes altas. Além disso, dados on-chain mostram reservas de mineradores estáveis e o NVT ratio em níveis saudáveis, sugerindo acúmulo de longo prazo e ausência de pressões de venda típicas de topos de ciclo.

No campo da dominância, Benjamin Cowen argumenta que o Bitcoin tende a ganhar terreno sobre as altcoins independentemente da direção do preço. Seja em retomada, queda ou consolidação, os cenários projetados apontam para perdas relativas maiores entre altcoins, configurando o que chama de “rotação final” para o BTC neste ciclo.

Já fatores macroeconômicos adicionam combustível ao otimismo. O mercado aguarda a próxima decisão do Federal Reserve, que deve cortar juros em setembro. Alguns analistas projetam que um corte mais agressivo de 50 pontos-base poderia surpreender investidores e disparar uma onda de compras por FOMO, abrindo espaço para alvos entre US$ 140 mil e US$ 200 mil ainda em 2025.

O autor:

Redator desde 2019. Entusiasta de tecnologia e criptomoedas.