Bitcoin repete padrão histórico e o alerta para o início de 2026

Bitcoin repete padrão histórico
Fonte: StockCake

O movimento recente do Bitcoin reacendeu debates entre traders e analistas, já que o ativo parece repetir padrões vistos no início do ano. Além disso, o Bitcoin ainda não entrou em um mercado de baixa, não de forma conclusiva. O Bitcoin tem mais uma semana para reagir após a mais recente formação de cruz da morte. E os indicadores macroeconômicos adicionam novos elementos ao cenário, criando incertezas e oportunidades. Assim, surge a necessidade de avaliar cada sinal com atenção e disciplina para evitar decisões precipitadas.

Bitcoin: repetição padrão histórico enquanto sinais macro dividem o mercado

A evolução do preço do Bitcoin nas últimas semanas lembra o comportamento observado em março. Naquele período, o ativo rompeu uma consolidação de três meses após renovar sua máxima histórica. Agora, o padrão aparece novamente, o que chama a atenção de quem acompanha ciclos de mercado com cuidado. Além disso, essa semelhança cria expectativa sobre o que pode acontecer nos próximos meses.

O analista EndGame Macro destacou que o Bitcoin tende a encontrar suporte e se recuperar no início de 2026. Segundo ele, essa leitura repete fenômenos vistos em ciclos anteriores. No entanto, o analista alertou que essa recuperação inicial não representa, necessariamente, o começo de uma nova tendência de alta. A projeção difere do movimento que marcou abril e maio, quando a retomada evoluiu para uma forte valorização.

Os fatores que sustentam a tese de queda no segundo trimestre de 2026 incluem a redução de liquidez. Isso ocorre devido à temporada de impostos e ao início da recomposição do caixa do Tesouro (TGA). Como resultado, o mercado tende a operar com menos disposição para assumir risco, o que limita o avanço de ativos como o BTC. Assim, cresce a probabilidade de novas correções antes que o mercado encontre equilíbrio.

Fonte: TradingView

Esse conjunto de variáveis cria duas hipóteses distintas para os próximos meses. Por um lado, o Bitcoin poderia repetir o padrão de março-abril de 2025 e avançar até buscar uma nova máxima. Por outro, existe a chance de ocorrer uma recuperação curta no primeiro trimestre de 2026, capaz de gerar uma falsa sensação de segurança entre investidores. Assim, muitos podem interpretar um movimento temporário como retomada, quando, na verdade, seria apenas parte de um cenário de baixa mais amplo.

Esse dilema exige atenção redobrada de quem opera o mercado com foco no médio prazo. Além disso, compreender os indicadores auxilia na identificação de pontos de reversão ou exaustão, elementos essenciais para navegar em períodos de volatilidade elevada.

O papel do DXY, dos juros e do fluxo dos ETFs no comportamento do BTC

O Índice do Dólar Americano (DXY) segue como um termômetro relevante para o apetite ao risco. Ele mede o dólar frente a seis moedas globais e, tradicionalmente, movimentos em seu comportamento afetam o Bitcoin. Quando o DXY sobe, o dólar ganha força e reduz o interesse por ativos de risco. Quando cai, aumenta a disposição para buscar alternativas como o BTC. Portanto, o desempenho do índice serve como ferramenta para antecipar cenários.

Atualmente, o DXY mantém uma estrutura de baixa, o que favorece o Bitcoin. No entanto, esse quadro pode mudar rapidamente. A probabilidade de corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro caiu de 88% para 44%. Essa mudança adiciona incerteza ao mercado, já que cortes de juros tendem a fortalecer o apetite ao risco. Assim, se o cenário se inverter, o DXY pode interromper sua queda e pressionar o BTC.

O comportamento dos ETFs também amplia o alerta. Desde a queda do mercado no dia 10/10, houve saídas expressivas de capital. Embora isso não determine consequências inevitáveis, demonstra o sentimento cauteloso que domina o mercado. Além disso, reforça a percepção de que investidores institucionais preferem aguardar mais sinais antes de assumir novas posições relevantes.

O analista Benjamin Cowen, fundador da Into The Cryptoverse, observou a formação de uma cruz da morte no Bitcoin. Esse padrão técnico, historicamente, costuma marcar fundos importantes. No entanto, ele só reforça sua validade quando o ativo falha em retomar força acima da média móvel de 50 dias. Assim, se o BTC não reagir dentro de uma semana e não desafiar a região dos US$ 110 mil, existe risco de formação de uma máxima macro mais baixa.

Fonte: Benjamin Cowen

Caso isso ocorra, o Bitcoin pode até ensaiar um novo avanço até a área dos US$ 110 mil nos próximos meses. Porém, esse movimento seria parte de uma tendência de baixa maior. Portanto, o comportamento do preço precisa ser avaliado em conjunto com os demais sinais macroeconômicos. A confluência dos indicadores sustenta a tese de que o segundo trimestre de 2026 pode repetir padrões de fraqueza observados em ciclos anteriores.