Bitcoin se aproxima de movimento explosivo: sinais técnicos e acumuladores apontam nova tendência
Com indicadores técnicos comprimidos, crescimento na acumulação institucional e novo pico no valor realizado, o mercado pode estar prestes a testemunhar mais uma grande arrancada do Bitcoin.
Após um início turbulento no segundo trimestre, o Bitcoin voltou a se estabilizar e agora dá sinais consistentes de que está se preparando para um movimento expressivo de preço. Depois de cair para menos de US$ 75 mil no início de abril, pressionado pelas incertezas da nova guerra comercial do presidente Trump, o ativo se recuperou com força, rompendo a marca dos US$ 96 mil e atingindo o maior valor desde fevereiro.
O que mais intriga analistas, contudo, é a combinação de três elementos que historicamente precedem grandes ralis: compressão de volatilidade, forte acumulação institucional e comportamento pró-rali dos investidores de curto prazo.
Um dos principais sinais técnicos vem das Bollinger Bands, que se estreitaram fortemente no gráfico de 4 horas do BTC — uma clássica preparação para um grande movimento. Segundo o analista Ali Martinez, se o Bitcoin romper a resistência de US$ 95.870 e se manter acima dela, o próximo alvo pode ser um novo topo histórico em torno de US$ 114.230.
Além disso, a acumulação por parte de baleias e fundos institucionais disparou. Nas últimas semanas, mais de 43 mil BTC, equivalentes a quase US$ 4 bilhões, foram adicionados às carteiras desses grandes players. O Trend Score de acumulação chegou próximo de 1, indicando um apetite agressivo por parte de grandes entidades.
Os ETFs de BTC também voltaram a registrar entradas líquidas significativas entre 17 e 30 de abril, encerrando uma sequência negativa. Apesar de uma leve saída de US$ 56 milhões no último dia, o movimento consolidou um período positivo de duas semanas consecutivas de entrada de capital.
Outro fator apontado como decisivo é o comportamento dos investidores de curto prazo (STHs), que têm aumentado sua presença e atividade no mercado. Historicamente, esse tipo de movimentação precedeu grandes ralis, como os de março de 2024 e janeiro de 2025. A análise da CryptoQuant sugere que esses investidores estão voltando a acumular de forma semelhante ao que se viu antes dessas grandes altas.
No campo macro, o valor realizado do Bitcoin — uma métrica que calcula o valor baseado no preço da última movimentação dos ativos — atingiu seu maior nível histórico em US$ 882,2 bilhões. Esse número é interpretado como um reflexo direto da confiança crescente de investidores ativos, tanto do varejo quanto institucionais.
Para o restante de 2025, analistas veem três caminhos possíveis: uma arrancada até US$ 175 mil, uma consolidação entre US$ 90 mil e US$ 110 mil, ou uma correção para a faixa dos US$ 70 mil a US$ 85 mil. A maior probabilidade, no entanto, recai sobre os dois primeiros cenários, dada a recente recuperação, a força acumulativa e o comportamento técnico atual.
