Bitcoin testa níveis decisivos entre US$ 76 mil e US$ 99 mil
Bitcoin enfrenta zonas críticas de preço
O Bitcoin mantém uma trajetória de alta moderada após a correção registrada no fim de novembro, preservando sua posição acima do último fundo relevante. No entanto, apesar dessa recuperação, sinais consistentes de uma reversão totalmente otimista ainda parecem limitados. O movimento atual se desenvolve diante de avaliações técnicas recentes, que analisam os fatores capazes de determinar o próximo impulso relevante da maior criptomoeda do mercado.
Uma dessas análises foi compartilhada em 12 de dezembro pelo especialista de mercado Ali Martinez, que destacou como pontos decisivos de preço podem orientar o comportamento do ativo nos próximos dias. O analista utilizou dados das MVRV Extreme Deviation Pricing Bands, um indicador que compara o preço de mercado do Bitcoin ao seu Realized Price, identificando momentos em que o ativo tende a se encontrar sobrevalorizado ou subvalorizado.
Como funcionam as bandas de desvio MVRV
A métrica MVRV se baseia em níveis estatísticos de desvio, como ±0,5 e ±1,0, que servem como zonas prováveis de reversão ou intensificação de tendências. Historicamente, esses pontos funcionaram como áreas que atraem forte reação do mercado, tanto na tomada de lucro quanto no acúmulo de posições. Ao observar o comportamento recente, o analista mostrou que o patamar de US$ 99.000 se alinha ao desvio positivo de +0,5, região onde o Bitcoin costuma encontrar resistência considerável.
Nesse intervalo, movimentos de alta tendem a perder força devido ao aumento expressivo de realização de lucro, já que muitos investidores aproveitam qualquer sinal de fraqueza para encerrar posições vencedoras. Assim, a zona dos US$ 99.000 pode atuar como barreira imediata a novos avanços. Porém, Martinez ressalta que uma quebra firme acima desse nível pode sinalizar interesse comprador renovado, especialmente se ocorrer um reteste bem-sucedido desse ponto como suporte.
No lado oposto, o suporte mais próximo aparece em torno de US$ 76.000, associado ao desvio negativo de -0,5. Essa região indica possível subvalorização caso o preço recue até ali, o que historicamente incentivou entradas de investidores com a estratégia de comprar na baixa.
Implicações de perder o suporte e romper resistências
Segundo o analista, uma queda abaixo de US$ 76.000 poderia indicar intensificação da pressão vendedora, abrindo espaço para correções mais profundas. Caso isso ocorra, o próximo nível relevante seria o desvio -1,0, localizado próximo de US$ 53.000. Essa faixa já funcionou como forte zona de acumulação em ciclos anteriores, com movimentações laterais que antecederam fases de expansão significativa.
No cenário altista, caso o Bitcoin supere a resistência de US$ 99.000, ele deverá enfrentar outro obstáculo técnico: o desvio positivo de +1,0, que se encontra em torno de US$ 122.000. Historicamente, rallies expressivos alcançaram essa faixa, mas enfrentaram forte oposição que resultou em quedas abruptas. Assim, um rompimento claro dessa região poderia abrir caminho para a formação de um novo recorde histórico. Embora a métrica indique que o nível costuma representar limites importantes para o preço.
As análises foram baseadas em gráficos disponibilizados na plataforma TradingView, que reafirmam o peso técnico dessas zonas. Enquanto isso, dados do CoinMarketCap mostram que o Bitcoin opera próximo de US$ 90.400, registrando queda de 1,24% nas últimas 24 horas.
Considerando as métricas destacadas por Ali Martinez, o mercado observa dois eixos centrais: a defesa de US$ 76.000 como suporte imediato e a possibilidade de testar novamente a resistência de US$ 99.000. A forma como o preço reagir a essas faixas definirá, a curto prazo, se o ativo tentará buscar regiões superiores como US$ 122.000. Ou se enfrentará nova pressão vendedora que pode empurrá-lo em direção aos US$ 53.000.