Anteriormente nesta semana, o veículo de notícias mainstream News1 relatou que a Bithumb, maior exchange da Coreia do Sul, conduzirá uma oferta inicial de moedas (ICO) ainda este ano, para lançar sua própria criptomoeda, a Bithumb Coin.

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Bithumb Coin

Algumas das maiores plataformas de troca de criptomoedas avaliadas em bilhões de dólares, como Binance, Kucoin e Huobi, já lançaram seus tokens nativos, que podem ser utilizados para trocar criptomoedas e pagar por taxas. Na Binance, por exemplo, usuários podem se beneficiar de taxas mais baixas em suas negociações ao utilizarem a Binance Coin, além da companhia ter se beneficiado da quantia angariada através da ICO, que foi utilizada para cobrir custos operacionais.

Em uma entrevista concedida ao News1, a Bithumb revelou que a Bithumb Coin será lançada em duas partes, mas a companhia ainda não revelou detalhes sobre a estrutura ou propósito do token. Mais importante, a Bithumb disse ao News1 que não está buscando conduzir uma ICO pública, mas uma venda de token direcionada a investidores institucionais e empresas de investimento de grande porte.

Semelhante a ICOs de larga escala, como a do Telegram, investidores individuais só poderão participar da venda unindo-se a um grande grupo de outros investidores, ou se aliando com investidores institucionais.

Anteriormente neste ano, a Kakao, maior conglomerado de internet na Coreia do Sul, responsável por operar KakaoTalk, KakaoPay, KakaoStock, KakaoTaxi e KakaoStory, cinco aplicativos com uma dominância de 90% em suas respectivas indústrias, anunciou que realizaria uma ICO fora da Coreia do Sul, devido ao banimento do governo sul coreano em relação às ICOs.

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A Kakao sugeriu que poderia mover permanentemente seus negócios relacionados a blockchain para a Suíça como uma companhia separada, sendo esta gerenciada como uma subsidiária. A ICO da Kakao e seus negócios relacionados a blockchain são estimados em bilhões de dólares, e a realocação da empresa para uma região como a Suíça poderia impactar negativamente no setor de blockchain da Coreia do Sul.

Reconhecendo a importância da ICO da Kakao e o valor de suas atividades no setor de blockchain, a Comissão de Serviços Financeiros da Coreia do Sul revelou quase imediatamente após os rumores da ICO que voltaria a legalizar este tipo de atividade em breve, assim que as políticas fiscais fossem estabelecidas.

“As autoridades financeiras estão conversando com a agência tributária do país, com o ministério da justiça e outras entidades governamentais relevantes, sobre o plano de voltar a permitir as ICOs na Coreia do Sul, caso algumas condições sejam atendidas,” disse uma fonte ao Korea Times.

Outra fonte acrescentou que o governo está primariamente preocupado com o aspecto fiscal das vendas de token e, assim que este problema for resolvido, ICOs serão novamente legalizadas no país.

“Vários cenários, como a imposição de imposto sobre valor, sobre ganhos ou sobre negociações; impostos sobre exchanges, além da iniciação de exchanges operáveis apenas com licença, estão sendo discutidos,” afirmou uma segunda fonte.

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Companhia pública

A Bithumb é uma companhia pública, operada pela BTCKorea e deve publicar todos os seus ganhos, posses e planilhas de balanço com os resultados da exchange e suas subsidiárias. Conduzir uma ICO pode se tornar complicado para a Bithumb em virtude disso, tendo a companhia optado por não revelar detalhes sobre o seu projeto até que a venda de token esteja totalmente pronta para ser conduzida.

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Fonte: CCN