Bitmain requereu oficialmente a entrada na fase de IPO

Bitmain se prepara para sua IPO

A gigante chinesa do ramo de mineração, Bitmain, deu entrada em seu requerimento para que suas ações sejam listadas na Bolsa de Valores de Hong Kong (HKEX), conforme revelou o documento oficial de requerimento publicado hoje.

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A empresa fez o requerimento para ser publicamente listada na HKEX, visando somente revelar informações ao público de Hong Kong, não tendo outro intuito. Ao fornecer uma visão detalhada do negócio, a Bitmain ressaltou que a prova de aplicação é representada em um esboço, tendo em vista que ela está sujeita a futuras elaborações por conta de seu estado incompleto.

Na introdução do requerimento, a Bitmain descreveu a companhia como a segunda maior da China e uma das dez maiores companhias em termos de receita em 2017, fornecendo uma breve descrição dos equipamentos fornecidos pela companhia. A empresa enfatizou que Bitmain é uma de outras companhias que oferecem ferramentas de mineração para várias criptomoedas, como Bitcoin, Litecoin, Bitcoin Cash, Ethereum, Dash e Zcash.

A Bitmain especificou o desenvolvimento de seus negócios, incluindo sua recente expansão de 11 novas mining farms para áreas localizadas na província de Sichuan, Xinjiang e Mongólia Interior, bem como suas operações nas duas maiores mining pools de Bitcoin do mundo em termos de CPU — BTC.com e Antpool.

A companhia também ressaltou a dinâmica de seus negócios em termos de crescimento financeiro, citando um crescimento exponencial na receita – de US$137,3 milhões em 2015 para US$2,5 bilhões em 2017. A receita da companhia cresceu mais de 936%, de US$274,5 milhões no primeiro semestre de 2017 para cerca de US$2,8 bilhões no primeiro semestre de 2018.

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Jihan Wu, CEO da Bitmain

Bitmain e planos de uma IPO

Fundada em 2013, a gigante do ramo de mineração Bitmain detém de 70% a 80% do mercado de mineradores e ASICs de Bitcoin desde o final de fevereiro deste ano. A companhia lançou operações no Canadá em 2016, e já considerou expandir seus negócios para fora da China, após o banimento nacional de exchanges de criptomoedas e com os boatos de que regulamentações específicas serão colocadas sobre mineração de criptomoedas no país.

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Os planos da Bitmain para realizar uma oferta inicial privada (IPO) foram revelados pela primeira vez em junho deste ano, tendo o CEO da companhia, Jihan Wu, alegado que a empresa estava aberta ao lançamento de uma IPO com ações em dólares americanos, realizada em uma jurisdição como Hong Kong. Após os relatos, fontes anônimas próximas da Bitmain confirmaram no fim de julho que a IPO deveria acontecer em breve, em um mercado estrangeiro.

Em meados de agosto, foi relatado que haviam no mercado informações errôneas sobre os investidores da possível IPO da Bitmain, com um número de empresas negando investimentos em uma suposta pré-IPO, apesar de terem sido listadas como investidores.

SoftBank e DST Global, que foram noticiadas como apoiadoras da IPO da Bitmain, negaram participação. No início de setembro, a companhia de investimentos de Singapura, Temasek, também negou oficialmente ter investido na Bitmain, após relatos tornarem-na em um dos principais investidores da rodada de pré-IPO.

Fonte: The Cointelegraph