Criptomoedas e milhas formam uma interessante interação. Através de uma pesquisa recente, descobriu-se que a quantidade de investidores de Bitcoin no Brasil já superou o número de pessoas físicas registradas junto à bolsa de valores. Para ser mais exato, mais de 1,4 milhão de cadastros já figuram entre as três maiores exchanges do país.

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O que também chama atenção é o montante de milhas em nosso país que expiram a cada ano. A Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF) previu que, somente no segundo trimestre de 2017, mais de 13 bilhões de milhas não foram utilizadas – ou seja, expiraram. O número suntuoso se traduz em 18,8% – quase um quinto – do total de milhas disponíveis neste mesmo período.

Com tais números em mente, a startup brasileira Bitmilhas resolveu captar o volume antes que ele escoa pelo ralo, promovendo a compra de Bitcoins por meio da comercialização de milhas aéreas. Após uma recente mudança para melhorar a transparência e eficiência, sua plataforma já permite a troca de milhas por bitcoins.

Todo o trâmite é realizado online, prezando pela praticidade. Após realizado o cadastro, é feita uma cotação e o envio do pedido, contendo dados de acesso do programa de milhagem. É importante que estes dados estejam no pedido, de forma que a empresa consiga emitir e comercializar passagens aéreas utilizando as milhas.

Aprovado o pedido, as criptomoedas são transferidas para a carteira. A liberação é um pouco demorada, podendo levar até 21 dias, embora a empresa disponibilize proporcionalmente os BTCs de acordo com o uso das milhas. Além disso, o valor do Bitcoin considerado é aquele cotado no momento do pedido. O CEO e fundador do Bitmilhas, Rafael Lima, elaborou:

“Apesar do modelo de negócio de compra e venda de milhas aéreas já ser bem difundido em nosso país, ainda há espaço para inovar. A adoção do bitcoin como forma de pagamento é o grande desafio, pois existem diversas variáveis nesta operação como, por exemplo, o prazo de aprovação de um pedido versus a volatilidade do bitcoin.”

No momento, as milhas compatíveis com o programa são Multiplus (Latam), Smiles (Gol), Tudo Azul (Azul) e Amigo (Avianca). Vale lembrar que pontos ou milhas obtidas por meio de cartão de crédito podem ser transferidas para qualquer um dos programas anteriormente elencados.

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Adoção de criptomoedas no Brasil

O projeto do Bitmilhas afirma ainda mais o crescente movimento de adoção de criptomoedas no Brasil. Corinthians e Atlético Paranaense firmaram contratos com a startup de criptomoedas Inoovi, além da exchange Huobi ter decidido adentrar a esfera econômica tupiniquim, abrindo vagas de emprego em maio. Mais recente, um restaurante italiano em Londrina passou a aceitar Bitcoin como forma de pagamento.

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Fonte: Terra