Blockchain conquista a Força Aérea dos EUA
Contrato com startup de blockchain vai ajudar a proteger dados de armas
A Força Aérea dos Estados Unidos assinou contrato com a startup Fluree, uma empresa de gerenciamento de dados que usa a tecnologia blockchain, a fim de rastrear e compartilhar informações com segurança e rapidez com outros departamentos militares, tanto nas Forças Armadas do país quanto com seus aliados no exterior.
O banco de dados descentralizado da Fluree será usado pela Força Aérea dos Estados Unidos para acompanhar como as informações entram em seu sistema e quem tem acesso a isso. De acordo com Brian Platz, co-CEO da Fluree, a tecnologia da startup também ajudará a determinar rapidamente a integridade de uma parte da informação no banco de dados.
A Fluree usa o que chama de “funções inteligentes”, nas quais o código é acionado após alterações de dados. A função inteligente garante que a pessoa que solicita a alteração esteja autorizada a fazê-lo e que a mudança se ajuste ao esquema. Tudo isso com a segurança de um livro descentralizado.
“Assim como você pode provar que um endereço de conta no Bitcoin fez uma transação em algum momento, também podemos provar como todas as informações entraram no sistema. Dessa forma, uma quantidade imensa de informações tem mais integridade do que em um banco de dados tradicional”, explica Platz.
Blog: Blockchain for #Credentials and #identitymanagement –
Blockchain technology can provide foundational support in facilitating a one-digital-identity-to-one individual ratio that can bring security and visibility to access controls.https://t.co/8Ouw3Bu9Yw— Fluree (@FlureePBC) December 2, 2019
Muitos países compartilham equipamentos militares e operacionais, como os caças F35, por exemplo. É aí que entra o trabalho da Fluree: segundo Brian Platz, o novo sistema pode ser usado para compartilhar com outros departamentos, de forma rápida e segura, dados operacionais, além de informações sobre manutenção e peças.
A Fluree também pode ajudar caso haja uma falha crítica de segurança em alguma peça de uma aeronave e a Força Aérea queira fazer um alerta. O banco de dados descentralizado da empresa irá identificar a origem de quem relatou o problema, evitando que uma pessoa mal-intencionada passe informações erradas.
Sobre a Fluree
A Fluree foi fundada em 2016 por Platz e o cofundador Flip Filipowski, e está sediada na cidade de Winston-Salem, na Carolina do Norte. Platz conta que a startup ganhou o contrato com a Força Aérea no Natal de 2019 e irá trabalhar nele ao longo de 2020. Em junho, a Fluree arrecadou US$ 4,7 milhões em uma rodada de investimentos, liderada pela 4490 Ventures.
O sistema é versátil: o trabalho anterior inclui a criação de um banco de dados em blockchain de indianos já formados, a fim de combater a fraude em diplomas. Os próximos projetos incluem trabalhar com o Departamento de Energia e os principais sistemas hospitalares dos Estados Unidos.
* Imagem de skeeze por Pixabay
Fonte: Decrypt
Jornalista, revisora e roteirista, apaixonada por tecnologia e especializada em conteúdo.