O projeto-piloto da blockchain pública para o Real Digital foi concluído e agora serão iniciados os testes da moeda digital
Avanços na emissão do Real Digital, testes-piloto com versão tokenizada são bem-sucedidos
O projeto do Real Digital, moeda digital do Banco Central, avança para possível emissão após testes-piloto bem-sucedidos conduzidos pela exchange Mercado Bitcoin.
Os testes-piloto para uma versão tokenizada do Real Digital foram realizados com sucesso utilizando a blockchain pública Stellar e incluíram procedimentos de rastreabilidade, identificação do usuário e prevenção de fraudes, derivados de um sistema de identidade digital descentralizado.
As tarefas de identidade digital para os testes-piloto foram realizadas pela Clearsale e CPQD, responsáveis pelos processos de identificação e prevenção de fraudes para tornar as transações compatíveis com o Mercado Bitcoin Pay, ferramenta utilizada pela exchange para processar as transações.
As instituições responsáveis pelos testes afirmam que o sucesso indica que redes públicas como a blockchain Stellar podem funcionar como intermediárias para a operação do Real Digital. Fulvio Xavier, responsável por projetos especiais no Mercado Bitcoin, comentou sobre o assunto.
Nossa tese foi provar que é possível, viável e seguro realizar transações com ativos digitais utilizando uma representação do real em redes públicas. O Banco Central está sempre preocupado em entender o que acontece quando as transações saem de suas mãos.
Próximo passo
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comunicou hoje (27), que no mês de março dará início ao projeto-piloto da moeda digital, o Real Digital, a ideia é que a moeda já esteja ok até o final de 2024, conforme afirmou no evento IDP Summit:
Em termos de próximos passos, no mês que vem, a gente vai ter o piloto funcionando, então no mês que vem a gente já vai ter um piloto da moeda digital, o Brasil vai ser um dos primeiros países do mundo a fazer isso
7 coisas que você deve ficar ciente sobre o Real Digital
1 — Vai ser emitido pelo BC, como uma extensão da moeda física, com a distribuição ao público intermediada pelos bancos e instituições de pagamento;
2 — Custódia ficará no Banco Central;
3 — Poderá ser trocado pelo real tradicional (em notas), e vice-versa;
4 — Cotação frente a outras moedas também será a mesma;
5 — Não será permitido que os Bancos emprestem a terceiros esses recursos, como acontece atualmente com o real físico, e depois os devolva aos clientes;
6 — Não haverá remuneração, ou seja, os recursos não terão uma correção automática;
7 — Haverá uma garantia da segurança jurídica, cibernética e de privacidade nas operações.
Formado em Administração de Empresas, sou entusiasta da tecnologia e fascinado pelo mundo das criptomoedas, me aventuro no mundo do trade, sendo um eterno aluno. Bitcoin: The money of the future