A B3, Bolsa de Valores brasileira, ampliará suas operações para incluir negociações de Bitcoin

Bolsa de valores

O Bitcoin poderá ser negociado após o horário normal da Bolsa de Valores, participando de pregões noturnos

A B3, principal Bolsa de Valores do Brasil, planeja lançar pregões noturnos ainda este ano, incluindo ETFs de Bitcoin e futuros de Ibovespa. Essa iniciativa visa atender à crescente demanda de investidores individuais por opções de negociação mais flexíveis, estendendo o horário de negociação até 21h45, horário local.

A expansão as negociações não apenas para o Bitcoin, mas também para ETFs do Ibovespa, que é equivalente ao S&P 500 nos EUA. O presidente da Bolsa de Valores, Gilson Finkelsztain, mencionou que há uma demanda reprimida para operações no final do dia, considerando isso como um teste para avaliar o impacto na liquidez, apesar do aumento de custos e riscos.

A expansão dos horários de negociação no Brasil representa uma mudança significativa na abordagem do país aos mercados financeiros. Líder na adoção de criptomoedas, o Brasil abriga o maior número de ETFs criptos nas Américas, com o pioneiro HASH11 aprovado em 2021, estabelecendo um precedente na região. Em contraste, os Estados Unidos só aprovaram seu primeiro ETF Bitcoin à vista em janeiro de 2023, sem solicitações para ETFs criptos à vista com altcoins.

Finkelsztain revelou que a Bolsa de Valores está considerando estender seus pregões normais por mais uma hora, visando aumentar a liquidez como meta estratégica para o ano.

Brasil e as criptomoedas

Os principais Bancos e corretoras brasileiras estão cada vez mais integrando ativos digitais em estruturas financeiras tradicionais. O Itaú está focando em ativos tokenizados, enquanto o Nubank lançou sua criptomoeda nativa, a Nucoin. O Banco Central do Brasil está testando seu próprio CBDC, o DREX, e diversos Bancos estabeleceram parcerias ou corretores proprietários para oferecer fundos Bitcoin e ETFs ao público.

André Portilho, chefe de Ativos Digitais do BTG Pactual, comentou sobre a evolução do mercado de criptomoedas:

O mercado de criptomoeda está cada vez mais parecido com o mercado de ações.

André Portilho, chefe de Ativos Digitais do maior Banco de Investimentos do Brasil, observando o declínio gradual da volatilidade do Bitcoin.

A volatilidade do Bitcoin tem diminuído e agora é menor do que muitas ações da Nasdaq, como as de biotecnologia.

O ambiente regulatório no Brasil favoreceu o crescimento das criptomoedas, com a aprovação oficial delas como meio de pagamento nos últimos dias da gestão do presidente Bolsonaro. As declarações de Portilho refletem a perspectiva positiva que muitos investidores brasileiros têm em relação à cripto.

Foto de Washington Leite
Foto de Washington Leite O autor:

Formado em Administração de Empresas, sou entusiasta da tecnologia e fascinado pelo mundo das criptomoedas, me aventuro no mundo do trade, sendo um eterno aluno. Bitcoin: The money of the future