Segundo o presidente Jair Messias Bolsonaro, número de desempregados no Brasil se aproxima de 10 milhões de pessoas.

Nesta quinta-feira (07), ao chegar ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro afirmou que o Brasil “se aproxima de 10 milhões de pessoas que perderam emprego de carteira assinada”, entretanto, quando perguntado a fonte desses números, Bolsonaro disse que foi repassado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e que ele mesmo se surpreendeu.

Ainda segundo o presidente, dos 38 milhões de autônomos do país, 80% perderam poder aquisitivo.

Dados conflitantes

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), responsável por tal número, está com a divulgação suspensa por conta dos problemas causados pela pandemia do novo coronavírus.

A citação do número de desempregados segundo dados do país são no mínimo equivocadas. O Brasil hoje conta com cerca de 33 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Uma demissão de “quase 10 milhões” mostraria que a pandemia dizimou praticamente um terço do mercado de trabalho.

Outra fonte de dados do presidente é sua percepção, o mesmo, afirmou que tem visto na prática que pequenos comércios de até cinco empregados, têm demitido três.

Sobre os autônomos, o presidente disse que a fonte vem da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mas não deu detalhes.

Sabemos que a equipe econômica do governo está trabalhando duramente para manter esses empregos, com muitos recursos públicos, mas de acordo com o presidente, não tem tido resultado.

A avaliação mais próxima que podemos ter sem o Caged, seria o número de pedidos de seguro desemprego, que somam até momento cerca de 805 mil do início de março até a primeira quinzena de abril. Segundo agentes da Sine, que está fechada, outros 200 mil pedidos estariam travados nesse momento, trazendo um número de novos desempregados mais realista, ou seja, a pandemia teria atingido cerca de 1 milhão de empregos de formais.

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