BTCC relança sua exchange, revelando planos de emitir seu próprio token

BTCC, uma das mais antigas e, um dia, uma das maiores plataformas da China, anunciou que relançará sua exchange. No mesmo anúncio, ela revelou seus planos de emitir seus próprios tokens.

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A companhia afirmou hoje que sua exchange está com os serviços disponíveis, com novos pares de troca incluindo bitcoin, bitcoin cash, ethereum e litecoin, bem como trocas cripto para cripto.

Como parte do plano para reviver seus negócios, a BTCC afirmou que está introduzindo um sistema através do qual usuários podem receber recompensas com pontos, ao adotarem os serviços da exchange, completar a verificação de identidade e realizar trocas. Os pontos, segundo a companhia, podem ser totalmente convertidos em tokens BTCC, que serão negociáveis na plataforma.

Contudo, a companhia não revelou uma data para o início da emissão do token, afirmando apenas que ela será lançada dentro dos próximos meses. A empresa também indicou que o suprimento terá um limite, embora ainda não tenha sido decidido se seria utilizado um hard cap ou uma proporção para a troca de pontos por tokens no futuro.

Mais adiante, a BTCC afirmou que está planejando acrescentar mais criptomoedas, além de começar a listar tokens ERC-20.

O plano de relançamento da empresa surge quasse um ano após ela suspender as trocas do yuan chinês por bitcoin, em setembro do ano passado, após o Banco Popular da China iniciar sua rodada de proibições em relação às ofertas iniciais de moedas (ICOs) e trocas fiat para cripto.

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BTCC

Embora a empresa tenha mudado sua sede para Hong Kong e tenha mantido uma plataforma cripto para cripto, chamada DAX, ele também foi suspenso em dezembro. Enquanto isso, seus rivais, como Huobi e OKCoin, criaram plataformas bem sucedidas e recuperaram seus lugares como maiores exchanges do mundo em volume de troca.

A nova forma da empresa chinesa recompensar os traders também surge em um período no qual um novo modelo emergiu entre as exchanges chinesas, chamado “trans-fee mining“. O sistema reembolsa as taxas transacionais pagas pelos usuários com os próprios tokens da plataforma – um modelo que parece ser semelhante com o que a BTCC está planejando, exceto que os tokens só podem ser reembolsados posteriormente.

Falando sobre esta questão, o vice-presidente de assuntos internacionais da empresa, Aaron Choi, afirmou que, tendo em vista que a plataforma não cobrará taxas transacionais durante os três meses após seu lançamento, o modelo é mais uma doação.

Contudo, Choi admitiu que o modelo de trans-fee mining pode ser uma opção no futuro da BTCC, enquanto a empresa decide a forma de emissão de seus tokens.

Ele disse ao site CoinDesk:

“Ainda há um risco no negócio, então nosso corpo administrativo está avaliando o modelo, como ele pode ser sustentado a longo prazo. Dar pontos por trocas, que podem ser trocados pelos nossos tokens no futuro, é o que acreditamos fazer sentido agora.”

Atualmente, a BTCC diversificou seus negócios para três áreas principais: uma exchange, uma mining pool e sua carteira, Mobi. A companhia foi adquirida por uma empresa de capital de risco de Hong Kongo, especificamente do setor blockchain, em janeiro deste ano.

Nesta semana, a empresa afirmou que está planejando vender 49% de suas ações no negócio de mining pool para uma empresa de gerenciamento de ativos, localizada também em Hong Kong.

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Fonte: CoinDesk