Os EUA estão financiando 12 novos centros de tecnologia que se concentrarão em pesquisas sobre inteligência artificial (IA) e computação quântica.

A Casa Branca anunciou hoje cedo um plano de US$ 1 bilhão para estabelecer não menos que doze centros federais de pesquisa que irão concentrar seu trabalho em dois dos tópicos mais quentes da ciência e tecnologia no momento – inteligência artificial (IA) e computação quântica.

A mudança ocorre em um momento em que as críticas sobre a escassez de talentos nessas áreas estão atingindo novos níveis. Em parte, o problema é resultado de uma onda de alunos que se matriculam em programas de ciência da computação em muitas universidades, que parecem não conseguir acompanhar a demanda. Além disso, a administração Trump suspendeu a entrada de portadores de visto H-1B altamente qualificados nos Estados Unidos. A administração até explorou a possibilidade de remover a capacidade dos estudantes internacionais de trabalhar por até três anos nos Estados Unidos após a graduação.

Em fevereiro de 2019, a Casa Branca anunciou as intenções de fortalecer a liderança dos EUA em inteligência artificial, mas fez pouco mais do que reiterar que as empresas de tecnologia enfrentarão pouca regulamentação em relação ao desenvolvimento de IA. No início deste ano, propôs que US$ 2 bilhões fossem direcionados para IA e pesquisa quântica até 2022, e parece que agora está dando os primeiros passos em direção a esse objetivo.

Novos centros de pesquisa

Cinco dos novos centros de pesquisa integrados ao Departamento de Energia receberão US$ 625 milhões em financiamento para tópicos como redes quânticas (como em uma “Internet quântica“), computação quântica, sensores especiais e materiais exóticos. Empresas privadas como Microsoft, IBM e universidades contribuirão com mais US$ 300 milhões para esses laboratórios.

Os outros sete centros de pesquisa serão liderados pela National Science Foundation e receberão US$ 140 milhões em financiamento dos US$ 1,2 bilhão alocados para a National Quantum Initiative Act. Esses institutos se concentrarão em encontrar novas maneiras de melhorar a fabricação de materiais, a previsão do tempo e a agricultura de precisão, entre outras coisas.

O diretor de tecnologia da Casa Branca, Michael Kratsios, disse em um comunicado à imprensa:

“É absolutamente imperativo que os Estados Unidos continuem a liderar o mundo em IA e quantum. Sabemos que nossos adversários ao redor do mundo estão buscando seus próprios avanços. […] O futuro da prosperidade econômica e da segurança nacional dos Estados Unidos será moldado pela forma como investimos, pesquisamos, desenvolvemos e implantamos essas tecnologias de ponta hoje. “

As chances de atingir essas metas estão diminuindo a cada ano. A União Europeia se comprometeu a investir US$ 1,7 bilhão em pesquisas de IA até o final deste ano, e a China está liderando planos para estabelecer até 50 centros de pesquisa para seus próprios objetivos ambiciosos. Países como França, Alemanha, Rússia e Coréia do Sul também estão investindo mais de US$ 1 bilhão cada um em programas semelhantes, mas veem a China como uma ameaça mais significativa do que os EUA em IA, 5G e ciência quântica.

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Fonte: TechSpot