Caso Indeal: PF conclui inquérito e indicia 19 pessoas por vários crimes financeiros

Polícia Federal indicia pessoas envolvidas com a Indeal por diversos crimes, incluindo organização criminosa

De acordo com a mídia gaúcha, na última sexta-feira (21) foi concluído o inquérito da Operação Egypto, investigação criada em janeiro para apurar o caso da Indeal. Como resultado do procedimento, um total de 19 pessoas foram indiciadas, contando com 5 sócios da empresa.

A Polícia Federal aponta que o material apreendido durante a investigação permitiu concluir que o funcionamento da Indeal era mais arriscado do que o esperado, citando casos de lavagem de dinheiro, contabilidade precária e compras de bens para sócios utilizando fundos da conta da empresa.

Aparentemente, o indiciamento se refere aos crimes de operação de instituição financeira clandestina, crimes contra as relações de consumo, falsidade ideológica, apropriação indébita financeira, violação de sigilo funcional, oferta e/ou negociação de valores mobiliários sem autorização, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, evasão de divisas e organização criminosa.

De acordo com a mídia, os sócios indiciados foram: Régis Lippert Fernandes, encarregado da administração da empresa; Francisco Daniel Lima de Freitas, aparentemente responsável pela movimentação financeira dos investidores e seus pagamentos; Ângelo Ventura da Silva, sócio de outra empresa que supostamente passou a ser responsável pelos pagamentos de clientes da Indeal; Marcos Antônio Fagundes, que administrava os funcionários responsáveis pelas operações financeiras (trades); e Tássia Fernanda da Paz, que aparentemente cumpria a mesma função de Fagundes.

Anteriormente o WeBitcoin noticiou que a justiça concedeu habeas corpus aos associados Flavio Gomes de Figueiredo e Paulo Henrique Godoi Fagundes. De acordo com a polícia, Figueiredo atuava como o coordenador das atividades de diversos consultores da InDeal em vários estados, além de supostamente ser proprietário de uma empresa que presta serviços relativos à captação de investidores para a InDeal. Quanto a Fagundes, aparentemente a Receita Federal aponta que foi o destinatário de transferências de capital originadas de uma conta da InDeal.

A polícia também havia concedido prisão domiciliar a Karin Denise Homem, esposa de um dos sócios da empresa.

Foto de Beatriz Orlandeli
Foto de Beatriz Orlandeli O autor:

Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.