CBOE requer junto à SEC a criação de um ETF baseado em Bitcoin

A Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC) está examinando um pedido da Chicago Board Options Exchange (CBOE) que, caso aprovado, poderá garantir à companhia uma cobiçada licença para criação de um ETF de Bitcoin, trazendo novos investidores institucionais para a esfera das criptomoedas.

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O processo teve início em junho deste ano, quando a SEC recentemente buscou opiniões de profissionais da indústria sobre o ETF em questão, que será oferecido por meio da VanEck SolidX Bitcoin Trust – uma joint venture entre as empresas financeiras VanEck and SolidX. O requerimento é a terceira tentativa do fundo de conseguir tal licença; as primeiras duas tentativas foram rejeitadas no início de 2017, quando a SEC publicou a seguinte declaração:

“Com base nos documentos apresentados, a Comissão acredita que os mercados significativos de bitcoin não possuem regulamentação. Desta forma, a Comissão não considera que a mudança de regra proposta seja consistente com o Ato de 1934.”

A esfera das criptomoedas ainda permanece amplamente sem monitoramento, e a SEC procurou adotar uma postura firme visando garantir a proteção e segurança dos consumidores. Contudo, após muito debate e especulação, oficiais recentemente decidiram que Bitcoin e Ethereum – apesar dos seus estágios iniciais de ICOs – são descentralizados demais para serem títulos financeiros, não cabendo à organização regulamentá-los.

Reguladores da SEC também anunciaram no fim de junho que estão trabalhando no desenvolvimento de novas (e menos restritivas) legislações sobre ETFs de baixo risco, a fim de promover a inovação da esfera financeira. Isso pode potencialmente aumentar as chances  da companhia.

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Caso o requerimento da VanEck SolidX seja aprovado, os clientes poderão comprar ações da companhia, avaliada em aproximadamente 25 Bitcoins enquanto esta matéria é redigida. Após um período de especulação dos profissionais interessados, o requerimento foi revelado para o escrutínio público, de forma que os reguladores possam entender melhor se é válido conferir a licença à companhia.

“O ETF, sob condições normais do mercado, utilizará procedimentos de oferta para comprar bitcoins primariamente de mercados de balcão, sem exceder limites relevantes de posição,” revelou o requerimento da companhia.

O requerimento revela ainda que uma política de garantia será adotada, em caso de roubos ou ciber ataques. Consequentemente, investidores poderão dormir sossegados, já que seus fundos serão cobertos em caso de eventuais perdas. De acordo com o documento:

“A política de garantia terá limites iniciais de US$25 milhões para cobertura primária, e US$100 milhões em cobertura de excesso, com a habilidade de aumentar a cobertura dependendo do valor dos bitcoins em posse da companhia.”

Diversos gigantes do ramo financeiro falaram sobre ETFs baseados em Bitcoin serem cruciais para promover a inovação financeira, tendo companhias como a JP Morgan chamado tais institutos de “Santo Graal dos investidores” em fevereiro deste ano. Caso o requerimento da CBOE seja aprovado, as opções de investimento estarão disponíveis para os clientes no primeiro trimestre de 2019.

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Fonte: Bitcoin Magazine