CEO da BlackRock aponta 3 criptomoedas que podem se destacar em breve
Como “pai” das criptomoedas, é praticamente impossível pensar o mercado cripto sem a presença (e liderança) do Bitcoin, ainda que outros projetos sejam mais úteis ou avançados tecnológicamente.
A criação do Bitcoin em 2008 foi apenas o primeiro passo no que tem sido uma longa montanha-russa para as criptomoedas. Desde então, o mercado se expandiu daquele único ativo para milhares de tokens. Como explica o analista RJ Fulton, embora nem todos sejam necessários – uma dura verdade com a qual o mercado está lidando atualmente – a tecnologia subjacente na qual a criptografia é executada está provando que tem o potencial de sacudir uma série de indústrias.
Um dos objetivos originais por trás da criação do Bitcoin era permitir que os usuários contornassem bancos e instituições financeiras tradicionais. Com criptomoedas baseadas em blockchain, os usuários podem enviar dinheiro uns aos outros sem a necessidade de a transação ser processada por um intermediário institucional.
Por esses motivos, bancos e outras entidades financeiras tradicionais estão começando a migrar suas operações para soluções baseadas em blockchain que as tornam mais eficientes e transparentes. Pelo menos é o que pensa o diretor executivo da maior empresa de gestão de recursos do mundo.
A revolução Blockchain
Em um evento DealBook do New York Times, o CEO da BlackRock, Larry Fink, supôs que “a próxima geração de mercados será a tokenização de títulos”.
Com blockchains, ativos financeiros tradicionais como ações, títulos, imóveis ou outras commodities podem ser representados digitalmente em blockchains – um processo conhecido como tokenização. As transações envolvendo esses ativos tokenizados podem ser autenticadas sem a necessidade de um intermediário institucional (como um banco ou corretora), e são registradas em um banco de dados público seguro (a blockchain) em tempo real de forma a preservar o histórico de propriedade do ativo.
Fink disse que a tokenização de ativos será uma opção atraente devido à “liquidação instantânea” e que contornar os intermediários “reduzirá as taxas ainda mais dramaticamente”. Isso poderia revolucionar a forma como os mercados financeiros operam.
Polygon e Ethereum
Já estamos começando a ver o início dessa transição. Em novembro, o JPMorgan realizou uma transação internacional experimental que utilizou a blockchain Polygon para tokenizar dólares de Singapura, ienes japoneses e títulos dos dois países. O experimento – o primeiro do gênero – foi um sucesso retumbante e provou que seria possível para os bancos migrar seus processos cotidianos para a blockchain.
Agora estamos começando a ver algumas das maiores instituições financeiras do mundo começarem a utilizar o potencial da blockchain. Se tendências como essas continuarem, isso pode marcar o início de uma nova era para as criptomoedas.
Isso não significa que todas as criptomoedas serão beneficiadas. Fink, por exemplo, afirmou que “a maioria dessas empresas [de criptomoeda e blockchain] não existirá” a longo prazo.
Para ter uma ideia melhor de quais criptomoedas podem se beneficiar mais de bancos e outras instituições financeiras tradicionais entrando no jogo da blockchain, podemos olhar para o experimento do JPMorgan.
Como mencionado anteriormente, ele usou a blockchain Polygon para liquidar essas transações. Parte do motivo pelo qual o JPMorgan escolheu a Polygon é por causa de sua compatibilidade com a Ethereum. Além de sua natureza programável que permite a tokenização de ativos, a Ethereum é amplamente vista como uma das criptomoedas mais descentralizadas. Portanto, a Ethereum parece ser uma beneficiária das finanças tradicionais que adotam aplicativos descentralizados baseados em blockchain.
Se essa tendência nascente de finanças da velha escola mudar seus negócios para o mundo cripto, criptomoedas como Bitcoin, Ethereum e Polygon estariam posicionadas para se beneficiar ao máximo.