CEO da Goldman Sachs afirma: é arrogância pensar que as criptomoedas não vingarão
Lloyd Blankfein, CEO da Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimento do setor financeiro global, avaliado em US$87 bilhões, criticou os céticos que acreditam que Bitcoin e demais criptomoedas não terão um futuro.
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Mente aberta
Desde o início de 2017, Blankfein declarava não estar convencido de que o mercado das criptomoedas teria se tornado uma grande classe de ativos. Contudo, ele enfatizou frequentemente durante este tempo que investidores devem considerar criptomoedas, como o Bitcoin, de forma semelhante a uma classe de ativos emergentes, além de reconhecer o potencial do setor das criptomoedas e blockchain.
Durante a conferência Economic Club of New York, Blankfein afirmou:
“Se você aceita a ideia da moeda fiat valer o que vale porque eu, o governo, disse, por que você não aceita uma moeda de consenso?”
Anteriormente, durante uma entrevista concedida à CNBC, Blankfein reiterou um sentimento semelhante em relação ao Bitcoin, descrevendo um período da história dos Estados Unidos durante o qual o governo aboliu o padrão de ouro, substituindo-o por uma moeda sem valor, o dólar americano.
À época, negócios, indivíduos e investidores localizados nos Estados Unidos tiveram dificuldade em aceitar e abraçar o dólar americano, uma forma de dinheiro de papel, como uma alternativa do ouro, que foi o padrão de dinheiro durante séculos.
Semelhante à forma como o dinheiro de papel foi forçado a se tornar uma progressão natural do ouro, Blankfein explicou que o Bitcoin pode um dia se tornar a progressão natural do dinheiro fiat em dinheiro digital e, consequentemente, embora ele não entenda completamente as criptomoedas e não esteja convencido de que o Bitcoin se tornará em breve uma moeda oficial, ele disse que tem uma mente aberta em relação ao mercado das criptomoedas como uma classe emergente de ativos.
“Uma moeda de cinco dólares valia cinco dólares porque havia cinco dólares em ouro lastreando-a. Então, eles emitiram dinheiro de papel que era lastreado por ouro. Um dia, eles emitiram dinheiro de papel, que não era lastreado por ouro. Não havia garantias de que, se você tentasse trocá-lo, receberia cinco dólares em ouro. Este é o dinheiro fiat. Eu digo que este pedaço de papel vale cinco dólares e, depois disso, ele passou a valer cinco dólares, e várias pessoas não aceitaram este formato por um longo tempo. Contudo, atualmente, eles aceitam sem questionar. Você avança um pouco e tem o Bitcoin, que não é uma moeda fiat, então eu não confio nela e não gosto dela. Por outro lado, se ela funcionar, eu digo que talvez ela seja a progressão natural do dinheiro físico para o dinheiro digital,” afirmou Blankfein.
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Goldman Sachs está coordenando uma mesa de operações de criptomoedas
No início desta semana, pela primeira vez na história dos bancos, O COO da Goldman Sachs, David Solomon, confirmou os rumores de que a instituição está trabalhando para estabelecer uma mesa de operações de contratos futuros de criptomoedas.
Além de falar sobre os contratos futuros de Bitcoin, Solomon afirmou que o banco tem testado cautelosamente negociações de criptomoedas, e lançará uma mesa de operações de criptomoedas para seus clientes em breve.
“Nós estamos ouvindo nossos clientes, e tentando ajudá-los a explorar estas novas ‘coisas’,” afirmou Solomon.
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Fonte: CCN