CEO da Visa: “se necessário, teremos suporte para criptomoedas”

Al Kelly fala sobre criptomoedas e a Visa

Segundo Al Kelly, CEO da Visa, a companha pode ter suporte para criptomoedas no futuro, caso o mercado global se mova na direção para abraçar moedas de consenso, como Bitcoin e Ethereum.

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A curto e médio prazo, Kelly disse a Jim Cramer, apresentador do programa Mad Money, que criptomoedas são uma classe de ativo que não representa ameaça a reservas de moedas que servem como base dos produtos Visa. Entretanto, ele declarou que, conforme a adoção de criptos aumenta durante os próximos anos, a Visa facilitará a demanda por esta classe de ativos.

“Eu penso que deve haver um mercado que se tornará como uma moeda fiat, deixando-nos confortáveis. Caso isso ocorra, nós nos movimentaremos nessa direção. Queremos estar no meio, Jim, de cada fluxo de pagamento do mundo, independente de como aconteça ou qual é a moeda por trás disso. Então se tivermos que ir até lá, nós iremos. Contudo, por enquanto, é mais uma comodidade do que um veículo de pagamento.”

No meio

Visa é a companhia de serviços de cartão de crédito mais influente no setor financeiro, e está entre os negócios mais lucrativos do mercado, junto com a Mastercard.

A longo prazo, Kelly enfatizou que a Visa eventualmente servirá como intermediária para atrair cripto usuários a enviarem e receberem ativos digitais nas plataformas de Visa, fornecendo taxas para a companhia.

Entretanto, quando a Visa se sentir confortável para integrar criptos, algo que o CEO descreveu que ocorrerá quando a classe de ativo estiver estabelecida no mainstream, criptomoedas não requererão intermediário para processar pagamentos.

Com carteiras e plataformas open source, usuários de criptos podem, de forma efetiva e segura, transferir ativos digitais sem pagar taxas adicionais sobre as taxas transacionais fornecidas pelos mineradores do ecossistema.

Atualmente, tendo em vista a falta de adoção pelo mercado, é difícil para os usuários de criptos compensarem vendedores por compras de produtos simples, como café e comida. Uma instituição financeira do tamanho da Visa pode, sozinha, aumentar a adoção das criptomoedas entre vendedores em larga escala.

Contudo, a intenção da Visa para este setor é fornecer um intermediário para os serviços daqui muitos anos, quando as criptomoedas já serão aceitas pelos vendedores e serão utilizadas como uma moeda alternativa para moedas soberanas, como o dólar.

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Grande aposta da Fidelity

A hora para apoiar e experimentar com criptomoedas é agora, enquanto o mercado está experienciando um crescimento exponencial e está em uma fase inicial.

Daqui alguns anos, o setor das criptomoedas poderá depender de forma pesada de serviços e sistemas descentralizados, conforme espera a Binance, que já está desenvolvendo sua exchange de criptomoedas descentralizada.

Fidelity, Goldman Sachs e Citigroup começaram a servir investidores do mercado das criptomoedas, ao verificarem demanda suficiente pela nova classe de ativos, enquanto Visa, Morgan Stanley e diversas outras instituições financeiras permanecem cautelosas sobre entrar no mercado das criptomoedas.

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Fonte: CCN