CEO da Messari explica o que poderia impulsionar o Bitcoin para US$ 100.000 em um ano
Ryan Selkis vislumbrou mais corridas bancárias que poderiam eventualmente empurrar o bitcoin em direção a US$ 100.000.
Ryan Selkis – CEO da empresa de inteligência de criptomoedas Messari – acredita que haverá mais eventos negativos no mundo financeiro em um futuro próximo, incluindo colapsos bancários.
Ele vê o Bitcoin atuando como “uma jangada salva-vidas e uma opção de saída pacífica” em meio à calamidade, prevendo que seu preço poderia disparar para US$ 100.000 nos próximos doze meses.
O que o futuro reserva?
Em um tweet recente, Selkis compartilhou sua visão sobre a condição futura do mundo financeiro e como esses possíveis fatores poderiam afetar o Bitcoin.
Ele acha que a crise bancária em curso está longe de terminar, prevendo colapsos adicionais nas próximas semanas. A Silvergate Capital, o Silicon Valley Bank e o Signature Bank estão entre aqueles recentemente fechados pelos reguladores. O SVB – uma das 20 maiores instituições financeiras dos EUA antes de sua queda – entrou com pedido de proteção contra falência do Capítulo 11 em 17 de março.
Selkis previu que o Federal Reserve em breve interromperá o aumento das taxas de juros e se concentrará em outras ferramentas monetárias, como Quantitative Easing (QE), para combater a inflação. Ainda não anunciou sua decisão em 22 de março durante sua próxima reunião do FOMC.
QE é outra política que os bancos centrais podem aplicar para reduzir as taxas de inflação. Isso lhes permite comprar títulos do governo e outros instrumentos financeiros, como títulos lastreados em hipotecas (MBS), para melhorar a atividade econômica estagnada. Curiosamente, o método é normalmente usado quando as taxas de juros estão perto de zero e não quando atingiram níveis recordes como os 4,75% nos EUA.
Reação do bitcoin
O CEO da Messari acredita que todos esses eventos podem impulsionar uma alta de preços para o Bitcoin, elevando-o para US$ 100.000 no próximo ano. Ele o vê como uma jangada salva-vidas e uma “opção de saída pacífica” para toda a turbulência que atualmente abala o sistema financeiro. Segundo ele, alcançar esse marco pode se tornar realidade uma vez que as instituições se juntem ao ecossistema BTC e sejam autorizadas a permanecer lá:
“Mas a chave é passar a agulha para que as instituições possam comprá-lo e defendê-lo ao nosso lado.”
Alguns participantes acreditam que o principal ativo digital já iniciou uma corrida de touros desde que sua avaliação subiu significativamente durante a crise bancária nos EUA. Afinal, ele surgiu em meio a outro grave colapso monetário – o de 2008 – e destina-se a ser uma alternativa às falhas de entidades financeiras centralizadas.
Enquanto as economias das pessoas presas em instituições financeiras poderiam ser exploradas devido a uma corrida bancária ou outro evento adverso, a natureza descentralizada do bitcoin evita esse problema (especialmente se o dinheiro estiver armazenado em uma carteira fria).