China abraça a tecnologia blockchain e anuncia projeto de cidade inteligente
China assume relação com blockchain em novo projeto
No dia 28 de fevereiro, o veículo midiático oficial do governo chinês publicou uma declaração oficial sobre o governo de Xangai firmar uma parceria com a empresa de Berlim, MXC Foundation, para criar uma cidade inteligente baseada em blockchain.
A MXC é uma companhia que une a Tecnologia das Coisas (IoT) e blockchain, com foco em casos de uso como cidades inteligentes, transmissões inteligentes de dados, etc. Por meio da aplicação da tecnologia LPWAN, que consiste em enviar dados de dispositivos a distâncias extremamente longas, com um custo altamente efetivo. Esta tecnologia é então combinada com blockchain, tornando as transações mais seguras.
Por meio desta combinação, que compõe o protocolo MXProtocol, a MXC espera criar interessantes projetos de cidades inteligentes. Para tanto, ela conta ainda com seu token MXC, que será aplicado nas transações dentro da cidade inteligente. Este é o modelo a ser utilizado em Xangai.
O perfil no Medium da Altcoin Magazine também publicou sobre a parceria, o que torna a aceitação da tecnologia blockchain pelo governo chinês algo indiscutível – apesar da sua postura contrária às criptomoedas.
Rivalidade
O projeto chinês talvez seja uma resposta para não ficar atrás no continente asiático quando se trata de blockchain. Em julho de 2018, o governo sul coreano anunciou um projeto para tornar uma área de Busan em uma cidade inteligente até 2021.
Na área, a criptomoeda Sejong Coin será supostamente utilizada para efetuar todos os tipos de pagamento, e os produtos serão recebidos por drones.
China, Japão e Coreia do Sul estão brigando para assumir o posto de nação líder na revolução blockchain.
China e as criptomoedas
A China é conhecida por adotar a postura “criptomoedas são ruins, blockchain é bom”. Seja por meio da decisão do Comitê de Arbitragem do país em utilizar a tecnologia para resolver disputas judiciais, pela decisão de uma das Cortes de Internet do país em aceitar registros em blockchain como válidos, ou pelo fato do Banco Central chinês testar uma plataforma financeira baseada na referida tecnologia.
A postura em relação às criptomoedas, ao contrário, é totalmente restritiva. No início de 2018, a China decretou o banimento de negociações com criptomoedas, anunciando uma política de tolerância zero para quem desobedecesse. Por conta desta política, diversas cripto empresas deixaram o país e os cidadãos chineses começaram a usar plataformas de troca estrangeiras. Em virtude deste cenário, a China anuncio que impediria traders domésticos de utilizarem tais plataformas.
E este é o cenário chinês de criptomoedas. Rumores de que o país criará uma cripto estatal, relatos sobre o banimento ser ineficaz para impedir a negociação de criptomoedas e envolvimento com blockchain alimentam esta relação controversa.