China confisca 49 máquinas de mineração de criptomoedas

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Autoridades chinesas vão reforçar a vigilância contra mineração de criptomoedas. Imagem: Cripto Pato

Contrabandistas tentaram levar as máquinas para dentro do país; todas as atividades envolvendo criptomoedas foram proibidas no ano passado.

Apreensão

Oficiais da província de Guangdong alegam ter apreendido 49 ASIC miners, como são chamadas as máquinas dedicadas exclusivamente à mineração de criptomoedas, segundo informações do Blockchain Today.

Mineradores tentariam introduzir ilegalmente os dispositivos para promover seus serviços à sombra do Estado. Porém, de acordo com as autoridades, as máquinas serão eliminadas em breve.

Método

Os contrabandistas teriam inserido informações falsas nas documentações de exportação dos equipamentos. Eles foram categorizados como “calçados”, porém, após minuciosa verificação do conteúdo, descobriu tratar-se de ASIC miners.

Não há informações, pelo menos por ora, sobre o que foi feito com relação aos contrabandistas.

Proibição total

A China baniu todas as atividades relacionadas a criptomoedas, como exchanges, máquinas de autoatendimento, mineração e transações P2P. Desde então, o poder de mineração do Bitcoin (hash rate) dividiu-se ao redor do mundo de maneira mais equilibrada.

Bitmain, empresa chinesa responsável pela maioria das exportações de ASIC miners, teve de sair do país devido aos embargos. Ela foi criada em 2013, em Pequim.

Estados Unidos, Rússia e Cazaquistão estão entre os países com maior poder de mineração de Bitcoin, segundo dados do Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index.

Malha fina

Por conta do embuste, o governo chinês emitiu um relatório a respeito das medidas que deverão ser tomadas em breve para reprimir a entrada de dispositivos de mineração no país.

Para tanto, a China começará a monitorar ligações telefônicas para garantir que as atividades de mineração sejam efetivamente suspensas.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.