China lidera ranking mundial de projetos blockchain

País se destaca na utilização da tecnologia

De acordo com um relatório publicado nesta terça-feira (2) pelo China.org.cn, a China atualmente é o país com mais projetos voltados à tecnologia blockchain em todo o mundo.

Em novembro de 2018 o país já contava com 263 projetos em andamento, representando cerca de 25% to total em âmbito global de acordo com o Blockdata. A nação utiliza a tecnologia em uma ampla gama de setores, como cadeias de suprimento, logística, saúde e serviços públicos e financeiros.

Uma pesquisa realizada pela Deloitte em 2018 aponta que 50% das empresas chinesas entrevistadas utilizavam a tecnologia blockchain, ao passo que nos Estados Unidos a porcentagem era de apenas 14%.

Atualmente o país conta com mais de 600 companhias blockchain, das quais mais de 80% foram fundadas entre 2016 e 2018. De acordo com o relatório, metade destas empresas está engajada em promover o uso da tecnologia na indústria financeira.

Grandes nomes da internet como Alibaba, Baidu e Tencent até mesmo lançaram as próprias iniciativas blockchain. O Alibaba, por exemplo, utiliza a tecnologia em setores voltados ao bem-estar público, saúde e alimentação desde 2016, e está posicionado no primeiro lugar no ranking Top 100 Blockchain Enterprise Patent com um total de 90 patentes relacionadas à tecnologia, seguido de perto pela IBM (89).

O país passou a ser referência na indústria, sendo procurado até mesmo por companhias estrangeiras, como a americana Digital Asset, que está trabalhando juntamente com a Bolsa de Valores de Hong Kong para desenvolver um projeto baseado em blockchain para auxiliar investidores internacionais na negociação de ações do mercado chinês através do sistema Stock Connect de Hong Kong.

De acordo com dados apresentados pela empresa de consultoria Gartner, em 2017 82% dos cados de uso da tecnologia residia em serviços financeiros, porcentagem que caiu para 46% em 2018, ao passo que o blockchain aumentou sua influência e passou a ser utilizado em diversos setores.

Paul Sin, líder do Laboratório Blockchain Ásia-Pacífico da Deloitte, afirma que para que a tecnologia possa progredir, o governo deve entendê-la e verificar como ela funciona sob a regulamentação existente, posicionamento compartilhado em parte por Kong Hui, analista sênior de dados do Blockdata, que declarou que a regulamentação serve como um tipo de apoio para a indústria.

Em março o WeBitcoin noticiou que o governo da cidade de Xangai realizou uma parceria com a empresa alemã MXC Foundation para criar uma nova cidade inteligente baseada na tecnologia blockchain.

Ainda mais, entrevistados da PwC, uma das maiores prestadoras de serviços profissionais do mundo em consultoria e auditoria, afirmam que dentro de 3 a 5 anos a China irá liderar a tendência global no desenvolvimento blockchain, estando à frente dos Estados Unidos graças a crescente indústria de internet do país e à grande base de usuários.



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Foto de Beatriz Orlandeli O autor:

Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.