Coinbase cancelou 25 mil contas russas suspeitas de atividades ilícitas

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Exchange realiza investigações internas para detectar quebra de sanções. Imagem: Coinbase

Empresa iniciou investigações privadas para verificar as transações; dados foram compartilhados com o governo.

Combate ao crime

Conforme publicação em seu blog, a Coinbase, uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, anunciou o bloqueio de 25 mil contas de usuários russos.

Segundo a companhia, tais contas teriam sido utilizadas para “atividades ilícitas”. A apuração foi realizada internamente, por meio de seus mecanismos de compliance.

Para complementar seu trabalho, a Coinbase encaminhou os dados de sua investigação para as autoridades norte-americanas. O motivo seria para reforçar questões relacionadas a sanções econômicas contra a Rússia, responsável pelo início do conflito contra a Ucrânia:

“Ao longo das últimas semanas, governos ao redor do mundo impuseram várias sanções contra indivíduos e territórios em resposta à invasão russa na Ucrânia. Sanções são vitais para a segurança nacional, além de evitar agressões ilegais – e a Coinbase apoia totalmente tais esforços das autoridades governamentais. Sanções são intervenções sérias; governos são mais bem posicionados para decidir quando, onde e como aplicá-las.”

Prevenção

O texto sugere que a corretora tem tomado medidas ativas para determinar possíveis ameaças antes que elas assumam uma dimensão preocupante. Bloqueio de atores sancionados, tentativas de evasão de divisas e outras ameaças estão sendo constantemente monitoradas pela equipe.

Segundo a Coinbase, “toda uma indústria de lavagem de dinheiro emergiu para esconder ativos em moeda fiduciária”. Apesar de os meios tradicionais ainda serem mais comuns nesse sentido, o mercado de criptomoedas seria um novo alvo dos criminosos.

Uma vez que as criptomoedas, em geral, são rastreáveis e públicas, identificar e combater golpes torna-se um trabalho mais simples.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.