Colômbia se tornou um ponto atrativo para ATMs de Bitcoin
ATMs de Bitcoin inundam a Colômbia
A rede estadunidense de ATM, Athena Bitcoin, está continuando sua expansão agressiva para a América Latina, agora com 17 ATMs em cinco cidades da Colômbia. A companhia está segura de que os ATMs são um grande investimento, enquanto os cidadãos colombianos ainda estão impressionados com as máquinas.
Venezuelanos são os maiores usuários
A segunda maior cidade da Colômbia, Medelim, recebeu seu terceiro ATM de Bitcoin este mês, levando o total de máquinas deste tipo no país para 17. O caixa eletrônico mais recente ainda não está totalmente funcional, mas a Athena Bitcoin disse ao veículo de notícias Bitcoin.com que ocorreu uma “boa reação” aos ATMs no país sul americano.
Mas quem está utilizando as máquinas? De acordo com a Athena, venezuelanos na Colômbia são os maiores usuários dos ATMs, seguido de perto por freelancers que trabalham na área tecnológica ou de marketing. O diretor da Athena na América Latina, Matias Goldenhörn, afirmou:
“Há mais volume – mais transações e mais pessoas utilizando criptomoedas em coisas do cotidiano – na Colômbia, embora isso esteja aumentando na região.”
Ele completou:
“Existem diversos freelancers na Colômbia que recebem seus pagamentos em Bitcoin, e eles usam nossos ATMs para retirarem seu dinheiro em fiat, e então as pessoas enviam valores para a Venezuela. Esses são os dois tipos principais de usuários na Colômbia.”
As máquinas, que possuem suporte para Bitcoin, Bitcoin Cash, Litecoin e Ethereum, cresceram nas cinco maiores cidades da Colômbia. A companhia planeja instalar um em Cúcuta, um lugar pelo qual centenas de venezuelanos têm passado ao deixarem seu país de origem.
A Athena também abriu um ATM na Argentina, um no México e outro no Chile. A Colômbia tem recebido o maior investimento, pois as pessoas no país são mais abertas às criptomoedas – bem como na Venezuela – do que em outros países da América Latina.
Intrigados
Os ATMs da Athena foram desenvolvidos para permitir que usuários comprem criptomoedas sem uma conta bancária, cartão de débito ou cartão de crédito. Existem quase 70 deles espalhados pelos Estados Unidos, e a companhia promete que as pessoas poderão comprar criptomoedas das máquinas em até 90 segundos, com uma carteira de criptos apropriada em seus smartphones.
Além de freelancers ávidos por tecnologia e venezuelanos utilizando os ATMs e criptomoedas para lidarem com a crise econômica do país do qual fugiram, as outras pessoas parecem confusas, apesar de intrigadas, com o novo ATM em Medelim. O escritor e jornalista, Julian Tabares, afirmou:
“Eu acredito que existem diversas pessoas na cidade que já ouviram sobre Bitcoin, mas nós não sabemos exatamente como funciona. Alguns dizem que é uma bolha, e eu não sei como mexer com o ATM.”
Enquanto isso, Natalia Hernandez afirmou:
“Parece incrível pra mim, algo bem futurístico. Eu li um pouco sobre a tecnologia e parece interessante – mas eu não tenho ideia sobre o que essa máquina faz.”
Alicia Restrepo, que tem quatro filhos, afirmou:
“Eu não sei o que é, eu não sei o que são criptomoedas. Mas eu já ouvi algumas pessoas falando sobre isso.”
Outros que falaram ao Bitcoin.com estavam confusos, desinteressados ou inclinados a saberem mais. Alguns estavam entusiasmados e afirmaram que pesquisarão sobre criptomoedas após receberem uma breve explicação.
O potencial na América Latina é grande, afirmou a Athena. Goldenhörn afirmou:
“A América Latina tem um grande número de pessoas que não têm acesso a serviços bancários. Cerca de 70% das pessoas. E há uma grande penetração de smartphones, o que torna o cenário propício para o caso de uso de criptomoedas.”
Ele completou:
“Com base no sucesso que tivemos, estamos tentando angariar US$15 milhões e estamos no meio de uma rodada para continuar acelerando as criptomoedas na América Latina, a fim de lançar centenas de ATMs na região.”
Fonte: Bitcoin.com