Como os governos estão tentando lidar com a crise do Coronavírus
Graças à crise global causada pelo Coronavírus, Bancos Centrais tem interferido na economia para salvar instituições financeiras
A crise do Coronavírus chegou ao seu ápice, pelo menos desde o surgimento da doença no final de dezembro de 2019. Muitos especialistas indicam que a situação ainda deve se agravar antes de podermos ver melhoras.
O que começou como um surto isolado, passou a ser tratado como uma pandemia global pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em diversas frentes e de diferentes formas, governos e sociedade civil tentam se preparar para enfrentar a ameaça do Coronavírus.
Embora tenha taxa de mortalidade baixa (aproximadamente 4%) se comparada a surtos anteriores, como o SARS (taxa de mortalidade de aproximadamente 10%) por exemplo, a crise do Coronavírus assumiu um caráter global.
Agindo não apenas na saúde das pessoas, o vírus atingiu o mundo pesadamente também na economia. As bolsas de todo o mundo enfrentaram pesadas quedas nos últimos dias, com a bolsa brasileira inclusive enfrentando seu terceiro Circuit Breaker nessa semana.
Para enfrentar a atual conjuntura os governos têm se mobilizado com diferentes estratégias. O Banco Central Europeu (BCE), por exemplo, está adotando estratégias de incentivo à economia, como oferecer empréstimos baratos a bancos comerciais para que esses façam empréstimos à pequenas empresas, e também expandir seu programa de flexibilização quantitativa.
Vale lembrar que diferente de outros bancos centrais, o BCE optou por não realizar mais cortes nas taxas de juros, principalmente por já ter taxas baixas, algumas negativas.
Já nos Estados Unidos, segundo informações do IrishTimes, o Federal Reserve (FED) decidiu injetar trilhões de dólares nos mercados financeiros, buscando assim amenizar os efeitos da crise do Coronavírus.
O Banco Central dos EUA também está fazendo alterações em seu programa de compras do Tesouro para “promover o bom funcionamento do mercado do Tesouro”.
Também nos Estados Unidos o presidente Donald Trump decidiu suspender as viagens aéreas oriundas da Europa que tenham como destino os EUA. A medida irá afetar diretamente a economia europeia e deve causar estragos principalmente para as companhias aéreas.
Um exemplo de como a crise está afetando alguns grupos econômicos mais do que outros (ainda que não esteja relacionado com a decisão de Trump) é o fato da companhia aérea Norwegian Air estar ter optado por suspender 50% de seu pessoal.
A decisão está relacionada com a diminuição na procura por voos e pela intensificação da crise do Coronavírus.
A tendência é ver mais Bancos Centrais tomando medidas de contenção à crise nas próximas semanas conforme a doença vai se espalhando pelo globo. Há expectativa de que haja uma contenção na circulação de pessoas, reduzindo assim a transmissão da doença. Os impactos na economia, contudo, já foram sentidos e devem ser agravados nas próximas semanas.
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