Conheça 3 projetos blockchain voltados ao ramo musical

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Trent Reznor, do Nine Inch Nails, é um forte crítico das grandes gravadoras. Imagem: Ligado à Música

Existem várias iniciativas blockchain direcionadas a uma das sete artes liberais; conheça alguns deles e veja como eles podem ajudar a indústria a crescer de maneira saudável.

“Me dê motivo…”

Durante décadas, as gravadoras foram responsáveis por construir a reputação de grandes artistas. Porém, não são poucos os casos em que músicos criticaram ferozmente o formato da indústria.

Boa parte dos lucros ficava nas mãos das gravadoras, que exploravam os artistas de maneiras inimagináveis; quando os resultados financeiros caíam muito, elas jogavam os profissionais ao ostracismo.

Mas a blockchain pode garantir que tais injustiças não aconteçam com tamanha facilidade. Sistemas descentralizados e distribuídos garantem que músicos recebam o que lhes é devido, sem o controle mercadológico praticado pelas gravadoras.

Confira alguns projetos interessantes que podem fazer a diferença na vida dos artistas:

Mediachain

O projeto é mantido por desenvolvedores de Nova York e tem como objetivo emitir identificadores únicos para garantir que músicos sejam pagos de maneira rápida e justa.

Artistas podem emitir contratos inteligentes (smart contracts) para assegurar questões contratuais de forma transparente e inviolável.

Digimarc

Propriedade intelectual é uma questão bastante delicada: não são poucos os artistas pequenos que processam grandes nomes por supostas tentativas de plágio. A Digimarc trabalha com foco em licenciamento de conteúdo audiovisual para evitar tais embustes.

Conteúdos registrados em blockchain são imutáveis e podem ser verificados em qualquer lugar do mundo: isso faz com que processos a respeito de violação de propriedade intelectual sejam facilmente resolvidos.

OPUS

Trata-se de um projeto descentralizado em blockchain que visa resolver problemas de distribuição de royalties entre artistas. Além disso, a plataforma conta com um mecanismo de busca para que usuários encontrem obras por gênero.

A maioria das plataformas entrega 20% do valor dos royalties aos músicos; a OPUS entrega 90%.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.