Conheça os 4 golpes mais comuns em criptomoedas e saiba como evitá-los

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Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó do Bitcoin”, um dos maiores golpistas do Brasil. Imagem: Reprodução

Atividades criminosas envolvendo moedas digitais são muito comuns; entenda de que forma evitá-las.

Embustes

Algo que assusta os usuários, principalmente os novatos, são os inúmeros golpes envolvendo criptomoedas. Promessas de lucratividade exorbitante e “garantida”, apelos publicitários emocionais e outros artifícios são bastante comuns.

O Crypto Crime Report, elaborado pela Chainalysis, é claro: o número de golpes envolvendo moedas subiu 81% em 2021. Todo o cuidado é pouco.

A comunidade tem criado diversas iniciativas para combater crimes envolvendo economia digital: empresas de segurança e auditoria, páginas educacionais e manifestações espontâneas nas redes sociais ajudam muitos usuários a evitar a perda de seus investimentos.

Mas os golpes ainda são incrivelmente comuns e fazem muitas vítimas. Conheça os quatro principais:

1 – Esquemas ponzi

Pirâmides financeiras são muito comuns e seu modus operandi é, de certa forma, padronizado: organizações pouco transparentes prometem lucros diários altíssimos por meio de “robôs” ou “traders especializados”: poucos meses depois, o esquema fraudulento não é mais capaz de sustentar-se e usuários sofrem calotes – muitas vezes milionários.

Estes projetos “revolucionários” tendem a crescer rapidamente no curto prazo e, com isso, os criminosos investem pesadamente em iniciativas de marketing profissionais. Grandes emissoras, inclusive, já transmitiram propagandas e programas especiais para tais embustes;

2 – Clubes de investimento

Nesta modalidade de golpe, o usuário deve criar um cadastro na página dos golpistas e pagar por determinados pacotes de investimento (Prata, Ouro e Diamante são nomes bem comuns).

Contudo, o dinheiro das vítimas não é utilizado para qualquer investimento, e sim para engordar a conta bancária dos proprietários da página – que, pouco tempo depois, desaparecem do mapa com os fundos angariados.

3 – Carteiras falsas

Os golpes envolvendo carteiras falsas de criptomoedas estão crescendo assustadoramente: você provavelmente já recebeu algum e-mail solicitando a “finalização de cadastro” de sua MetaMask ou Trust Wallet, por exemplo.

Hackers criam cópias, muitas vezes quase perfeitas, de carteiras de criptomoedas renomadas. Porém, quando o usuário deposita seu saldo nelas, os criminosos conseguem acesso total aos fundos: em poucos minutos, a carteira da vítima pode ficar zerada.

4 – Empresas falsas

Muitas empresas criam ICOs (Initial Coin Offerings), uma forma de angariar fundos para transformar seus projetos em realidade. Contudo, muitos desses projetos são de fachada e têm como único objetivo roubar fundos de investidores.

Como evitar golpes?

Ganhar dinheiro com criptomoedas pode não ser tão fácil quanto você imagina: apesar de sua natureza deflacionária, os resultados desejados podem levar vários anos. São poucos os profissionais realmente qualificados para potencializar seus lucros – e eles não são capazes de “garantir” retornos fixos, da mesma forma que os golpistas comumente fazem.

Pesquise a fundo sobre projetos nos quais você deseja investir: eles devem ter um whitepaper conciso e claro, além de um roadmap claro para que todos entendam os objetivos da empreitada no longo prazo.

Caso queira baixar qualquer software, verifique se a conta que o publicou é, de fato, legítima: tanto a App Store como o Google Play possuem mecanismos para tal.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.