Coreia do Norte evade sanções por meio de criptomoedas

Relatórios apontam que a Coreia do Norte está, de fato, utilizando criptomoedas para evitar embargos financeiros

Mesmo mediante as sanções impostas pelos Estados Unidos e ONU, a Coreia do Norte é resoluta e efetiva em tornar tais embargos inúteis. Recentes crônicas do painel de especialistas dos Estados Unidos corroboraram as descobertas feitas por ciber especialistas, especialistas em relações internacionais e outros observadores que implicam que o país está usando sua proeza cibernética para burlar as sanções e angariar dinheiro para financiar suas operações nucleares.

Não só as operações do país ocorrem em conjunto com a área de inteligência do país, o Reconnaissance General Bureau, como também elas estão coletando fundos de contas fechadas na Europa e transferindo para contas bancárias na Ásia, por meio do Glocom e do Malaysia-Korea Partners Group of Companies (MKP). As atividades ilícitas da companhia de fachada incluem uso de companhias internacionais e individuais para ofuscar as atividades de geração de renda para o regime da República Democrática Popular da Coreia.

Porém, o que está ajudando o país na decisão de burlar as sanções financeiras é seu envolvimento com criptomoedas. Com previsões para crescer tanto em frequência quanto em sofisticação, foi autoritariamente estabelecido que o país tem patrocinado hacks em diferentes exchanges e, por meio destas ciber atividades, eles captaram cerca de US$881 milhões após se infiltrarem nas plataformas de troca. Do montante citado, US$571 milhões podem ser diretamente ligados ao grupo de hackers patrocinado pelo estado, Lazarus.

Aparentemente, Pyongyang está recorrendo às criptomoedas como uma tática para burlar as sanções graças à pseudo anônima natureza dos ativos digitais, que torna quase impossível para os leigos rastrearem as perdas. Após os roubos, o país contrata agentes para lavar os ativos por meio de carteiras individuais, ou empregando serviços diversos em uma tentativa de obterem dólares livres das sanções. Além de lançar ataques contra o Banco de Bangladesh, que resultaram no roubo de US$81 milhões, boa parte dos fundos lavados supostamente é da Coincheck, cujas perdas excederam US$500 milhões.

“A ciber esfera é utilizada pela Coreia do Norte como um meio assimétrico para realizar operações ilícitas na área de cibercrimes, evitando as sanções. Essas operações visam adquirir fundos por meio de uma variedade de medidas.”

Mesmo com todas as evidências sugerindo um conjunto de atividades bem orquestradas focadas em ataques a plataformas financeiras ao redor do mundo, representantes da Coreia do Norte persistentemente negam seu envolvimento em qualquer forma de espionagem ou hacks.

Fonte: Ethereum World News